Exportações de arroz batem recordes em Dezembro

A movimentação de arroz no Porto de Rio Grande/RS foi intensa no mês de dezembro e os embarques totalizaram 237.000 toneladas, sendo um dos recordes de volumes mensais exportados, sendo inferior apenas, as 287.000 toneladas embarcadas em dezembro de 2018.

As importações voltaram a cair e foram de apenas 64.000 toneladas em dezembro e gerando um acumulado no mesmo período, de 880.000 toneladas, e contribuindo para aumentar o superávit da Balança Comercial, que ultrapassa 335.000 toneladas.

Destaque para a operação de 45.000 toneladas de arroz beneficiado para o Iraque, mercado excepcional para o produto brasileiro (gaúcho). Para a Venezuela foram destinadas 62.000 toneladas de arroz em casca e 14.000 toneladas de arroz beneficiado e para o Peru, 11.600 toneladas de arroz beneficiado, além de dezenas de contêineres para importantes mercados: México, Arábia Saudita, Porto Rico, Espanha, Chile, EEUU, dentre outros.

De março a dezembro as exportações já alcançaram 1.200.000 toneladas, volume superior de mais de 20% em relação as estimativas iniciais. Mesmo com redução na oferta, devido à expressiva quebra na safra brasileira e dos estoques mais enxutos, mas com o dólar valorizado, foco no mercado externo (esteriliza os excedentes),produto qualificado, mercado internacional ativo (o arroz em casca é negociado na CBOT/ a US$ 14,50/casca, contra a média regional que ainda não alcança US$ 12,00 com defasagem superior a 20%) deram competitividade ao produto gaúcho, que contrariando as previsões inicias (consultoria chegou a estimar déficit superior a 1 milhão de toneladas), deverão superar expressivamente as importações, reduzindo ainda mais os estoques finais e pressionando ainda mais os preços no final da atual entressafra.

A exemplo de outras commodities, como a soja e recentemente a carne bovina, o mercado externo deverá, apesar das inúmeras dificuldades regionais, ser o grande fator de precificação do cereal; consequentemente, os maiores esforços da cadeia produtiva devem ser direcionados para o mercado externo, e a liberação da estrutura da CESA no Porto de Rio Grande, exclusivamente para ao arroz, será um passo logístico fundamental para tanto.

Notícias Agrícolas

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