Exportações da agropecuária registram recorde de US$ 15.71 bilhões em junho

As exportações brasileiras do setor agropecuário registraram um valor recorde da série em junho de 2022, totalizando US$ 15.71 bilhões, com aumento de 31,20% em relação ao mesmo mês de 2021.

As vendas externas foram favorecidas pela alta do índice de preços em 28,50%. Além disso, houve um aumento de 2,10% no volume embarcado.

Já as importações de produtos do agronegócio totalizaram US$ 1.53 bilhão (+ 19,80%), com alta de 17,90% dos preços médios e 1,60% do volume importado. As informações são do Ministério da Agricultura.

Com isso, o superávit da Balança Comercial do setor foi de US$ 14.18 bilhões, com aumento de 32,50% em comparação com o ano passado (US$ 10.70 bilhões). Os destaques de junho desse ano foram as exportações recordes do complexo soja, das carnes (frango e bovina) e do café.

Soja

O complexo soja, principal segmento exportador do agronegócio brasileiro, registrou recorde de US$ 8.06 bilhões em vendas externas para meses de junho (+ 31,90%), mesmo com a queda do volume (- 2,3%), em virtude do desempenho da soja em grãos.

A China, tradicional importadora da oleaginosa brasileira, adquiriu em junho 64,50% do volume exportado de 6.49 milhões de toneladas (- 8,20%).

Farelo

As exportações de farelo de soja, segundo principal produto do complexo, foram de US$ 1.20 bilhão em junho (+ 63,80%).

Pela primeira vez na série histórica, as exportações do produto nos meses de junho suplantaram a casa de US$ 1 bilhão. O valor foi resultado do volume recorde exportado (+ 33,50%), e, também, da elevação de 22,70% no preço médio de exportação.

Com menor produção de soja na América do Sul (Argentina e Brasil) e a guerra na Ucrânia (maior exportador mundial de farelo de girassol), a oferta de farelo para alimentação animal diminuiu no mundo, impactando os preços internacionais do produto brasileiro.

O principal mercado importador de farelo de soja do Brasil foi a União Europeia, que adquiriu US$ 448. 26 milhões  (+41,40%) ou 804.800 toneladas (+ 8%, com 35,40% de participação).

Carnes

As vendas externas de carnes, segundo setor mais importante em exportações, foram de US$ 2.35 bilhões em junho de 2022 (+ 32%). Trata-se do maior valor mensal de toda a série histórica iniciada em janeiro de 1997.

O valor foi obtido em função, principalmente, do aumento dos preços médios de exportação dos produtos do setor (+ 25,80%), embora com menor aumento do volume exportado (+ 4,90%).

A principal carne exportada foi a bovina, que registrou US$ 1.14 bilhão em vendas externas (+ 36,90%), valor recorde para os meses de junho, com alta de 6,60% nos volumes e 28,40% nos preços médios.

O principal importador foi a China, que adquiriu 65,90% do valor exportado pelo Brasil em junho, o que significou US$ 752.99 milhões (+ 70,70%).

As exportações de carne de frango também registraram recorde na série histórica em junho de 2022, ultrapassando a marca de US$ 900 milhões de dólares para atingir US$ 932.12 milhões (+ 46,70%).

Café

O setor cafeeiro exportou US$ 788.74 milhões em junho de 2022 (+ 73,60%). As vendas externas de café verde foram de US$ 721.50 milhões, valor recorde para os meses de junho, e que significou um aumento de 76,70% comparado aos US$ 408.32 milhões exportados em junho de 2021. As exportações de café solúvel totalizaram US$ 57.2 milhões no mencionado mês (+ 46,10%).

Os principais mercados para onde o Brasil exportou café verde foram: União Europeia (US$ 376.68 milhões; + 82,50%) e Estados Unidos (US$ 168.69 milhões; + 171,90%). O valor recorde exportado de café verde ocorreu devido à elevação de 70,30% no preço médio de exportação.

Primeiro semestre

No primeiro semestre de 2022, as exportações brasileiras do agro totalizaram US$ 79.32 bilhões (+ 29,40%), valor recorde para o período. A expansão ocorreu em virtude da alta dos preços (+ 27,70%), enquanto o volume exportado aumentou menos (+ 1,30%). O agronegócio respondeu por 48,30% das exportações totais brasileiras nos seis primeiros meses de 2022.

As importações do setor totalizaram US$ 8.14 bilhões no semestre (+ 8,50%), totalmente influenciadas pela variação dos preços médios (+ 17,70%), já que o volume caiu 7,80%. Este valor não inclui os insumos importados para a produção agropecuária.

Fonte: Broadcast Agro
Equipe SNA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp