Exportações agro: Brasil avança em negociações com a China

Um dos memorandos busca facilitar a entrada de frutas brasileiras no país asiático.

O agronegócio brasileiro deu mais um importante passo rumo ao bilionário mercado chinês. Foram assinados esta semana dois memorandos de entendimento com o governo da China. A estimativa é de que alguns dos assuntos sejam resolvidos até o final do atual mandato presidencial.

Um dos documentos está voltado para a área de pescados e prevê avançar, a partir do próximo ano, no chamado prelist na liberação das plantas chinesas e brasileiras. Já o outro memorando, tem o objetivo de finalizar protocolo relativo à comercialização de frutas, por ambas as partes.

Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa – GACC, Ni Yuefeng, que é responsável pela autorização da entrada na China de animais, vegetais e seus produtos, assinaram os documentos em audiência realizada em São Paulo.

O ministro informou, depois do encontro, que está sendo realizada missão chinesa nos país, vistoriando plantas frigoríficas brasileiras de aves e de bovinos, para habilitação de 75 novos pedidos.

“Caso haja aprovação, haverá novo e grande impulso nas exportações de produtos de origem animal para aquele país. O Brasil já é o maior exportador de carne bovina para a China”, afirmou. Hoje, são 63 plantas habilitadas de bovinos, suínos e aves.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luis Rangel, “naturalmente, a missão deve detectar alguns itens que precisam ser corrigidos ou explicados e o ministério já está pronto para fazer isso, o mais rapidamente possível, a partir da apresentação do relatório”, ressaltou.

Rangel disse esperar do governo chinês que o relatório seja entregue até o começo de janeiro. “Talvez consigam antecipar e termos uma decisão ainda na gestão do ministro Maggi, para avançarmos no chamado prelist na liberação das plantas chinesas e brasileiras e na finalização do protocolo de frutas, o que é muito importante”, disse ele.

O secretário explicou que no caso de pescado há uma nova tentativa de validar protocolo anterior. “Devido à forma mais amistosa com que a gente tem se relacionado com a China, a possibilidade de avançar é grande”.

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