Exportação de hortigranjeiros mantém ritmo de crescimento

Em janeiro, as exportações de bananas somaram 5,48 mil toneladas, maiores que em todos os meses do ano passado, aponta a Conab. Foto: banco de imagem

Dando continuidade a um movimento de retomada, as exportações de produtos hortigranjeiros cresceram 10,38% no mês de janeiro, aponta boletim divulgado pela Conab. A alta nas vendas ao exterior vem apresentando consistência nos últimos meses e mostra que o setor recupera, aos poucos, as perdas amargadas em 2016.

“No acumulado de 2017, as vendas ao externo cresceram 7,8%. Esse aumento nas exportações se deve à abertura de novos mercados, tanto na União Europeia, como na Ásia. Em janeiro, o valor auferido em dólares aumentou 21,28%. Destaque para o crescimento das exportações de melão, banana e laranja, queda para mamão e melancia. É esperado que esse crescimento se consolide nos próximos anos”, compara o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Erick Farias.

O bom desempenho em janeiro ocorreu mesmo com o peso dos efeitos negativos do mamão. As exportações da fruta caíram cerca de 50%, algo próximo a 1,8 mil toneladas. No mesmo período do ano passado, o volume atingiu 3,8 mil toneladas.

Entre os motivos para o forte recuo nas vendas ao exterior do mamão estão o desestímulo pelo preço, a má qualidade dos produtos devido a chuvas e menos canais de escoamento do produto sobretudo para a União Europeia.

“A consequência desta queda poderá ser sentida na redução de áreas plantadas da fruta. Com a queda nas exportações e no preço no mercado interno, o produtor terá pouco estímulo para o cultivo. Verificamos preços menores principalmente no Rio de Janeiro, onde a baixa chegou a 10,68%”, comenta o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Erick Farias.

Em ponta oposta está a banana. Em janeiro, as exportações somaram 5,48 mil toneladas, maiores que em todos os meses do ano passado e 6,52% mais elevadas em relação ao mês de dezembro de 2017, além de bem maiores que as 1389 toneladas de janeiro/2017, época em que o mercado interno era preferível porque fornecia grande rentabilidade ao produtor. Já o valor auferido pelos comerciantes foi de US$1,52 milhão.

O mercado externo mais atrativo à comercialização, com destaque para o Mercosul, se dá por conta tanto do período do ano, situação interna recessiva, maior produção em algumas regiões produtoras, menor demanda interna nessa época do ano e a melhor qualidade da fruta.

No mercado interno

A tomada de preços feita pela Conab revelou, ainda, pouca oscilação no período, trazendo a reboque a expectativa de que os alimentos não devem pressionar, por mais um ano, a inflação. “Janeiro e fevereiro costumam ser os meses de maior variação no preço dos hortigranjeiros.  Este ano observamos que a variação  foi pequena. Se não houver queda de safras ou algo extraordinário acontecer, esse comportamento deve ser manter ao longo de 2018”, estima Farias.

Vilão da inflação em 2015, a principal exceção do período ficou por conta do tomate. De acordo com o boletim, o percentual de alta nas capitais chegou a 95,6%. “Esse comportamento é sazonal, comum nestes primeiros meses do ano. A tendência é que o preço volte aos antigos patamares”, acrescenta Ereick Farias.

Equipe SNA/Rio

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