Em 2022 o Brasil exportou 8.366 milhões de toneladas de carnes, volume que representou um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Mas a receita proveniente dessas exportações apresentou evolução bem mais significativa, pois subiu de menos de US$20 bilhões para US$25,670 bilhões (alta de de 29,26% no ano).
As carnes bovina, suína e de frango corresponderam a, aproximadamente, 96% do total exportado e responderam por 97,5% da receita cambial total. Foram pouco mais de 8 milhões de toneladas, 94% das quais correspondentes a produto in natura. Ou seja: apenas 6% do total exportado foram de produtos industrializados que, entretanto, apresentaram agregação de valor relativamente baixa.
No ano, dentro do que vinha sendo previsto, apenas a carne suína não conseguiu superar ou pelo menos alcançar os resultados de 2021. Sofreu quedas de 1,68% no volume embarcado e de 1,21% no preço médio, disso resultando uma receita quase 3% menor que a do ano anterior.
Correspondendo às expectativas quanto ao volume, a carne de frango registrou aumento de pouco mais de 4%. Mas obteve valorização acima da esperada no preço médio (+22%). O efeito foi uma receita cambial 27% maior que a de 2021.
A valorização da carne bovina foi ligeiramente inferior, de cerca de 15% no preço médio. Isto, combinado com um aumento de quase 23% no volume exportado, propiciou receita mais de 40% superior à alcançada um ano antes.
Assim, pouco mais da metade (50,49%) da receita cambial obtida pelo Brasil com a exportação de carnes em 2022 foi proporcionada pela carne bovina. A carne de frango respondeu por 37% do total, cabendo cerca de 10% à carne suína. Os quase 3% restantes vieram de outras carnes.