A exportação de café capixaba deve ser a menor dos últimos 35 anos, segundo estimativa do Centro do Comércio de Café de Vitória. Em 2017, a previsão é de 1.8 milhão de sacas sejam exportadas. A produção deste ano é de 9.5 milhões de sacas de café arábica e conilon. Em 2014, por exemplo, o Espírito Santo produziu 15 milhões de sacas. Com menos café e queda na qualidade, diminuem as exportações.
“Acredito que a produção de café abaixo da qualidade está atrelado a dois fatores: a seca e o problema portuário”, disse o presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória, Jorge Luiz Nicchio. O principal fator que explica essa queda é a seca que atingiu o estado nos últimos anos. Ela prejudicou as lavouras dos produtores e, por consequência, a quantidade de café produzido e comercializado.
O produtor de café André Kroling disse que o cenário com a chuva seria diferente e ele teria produzido a quantidade que buscava para este ano: 450 sacas. Mas, por conta da seca, foram apenas 300 sacas. “Nós tivemos em torno de 60% de queda da produção do ano passado para este ano. Influência da falta de chuva”, disse.
A propriedade de André fica em Marechal Floriano, na região serrana do estado. Por lá, a queda da safra no café foi de 80 mil sacas do ano passado para 25 mil este ano. Além da seca, outro fator é a característica natural do café arábica, que em um ano produz mais e em outro produz menos.
“Esse ano coincidiu com o ciclo bienal do café, que é natural na cafeicultura. Mas a seca foi o principal ponto, mesmo com as orientações do Incaper”, disse o técnico do Incaper Ubaldino Saraiva.
Fonte: G1