A exportação de carnes está aquecida neste mês. Nas três primeiras semanas de novembro, as vendas externas de carne suína subiram 53% em relação às de outubro.
No mesmo período, as de frango aumentaram 24%, enquanto a bovina teve alta de 6%, de acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), divulgados nesta segunda-feira (23).
Esses dados da Secex se referem apenas às exportações de carnes “in natura”, mas a tendência é de elevação também das demais carnes, segundo informações do setor.
Ricardo Santin, da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), diz que realmente as vendas externas deram um salto na terceira semana do mês. Isso já tinha ocorrido na primeira.
Essa aceleração nas exportações “ainda é um rescaldo do fechamento do porto de Itajaí (SC)”, afirma Santin.
O fechamento obrigou os exportadores a um remanejamento do volume que seria exportado, inclusive para o mercado interno. Agora estariam redirecionando um volume maior para o externo.
Outro fator de impulso às exportações é a valorização do dólar, que deixou o produto brasileiro mais competitivo, na avaliação de Santin.
Ele coloca, ainda, uma antecipação das importações de países onde há frio intenso nos próximos meses, o que dificulta as operações nos portos. Esses volume, no entanto, é pequeno.
Devido a essa aceleração das vendas nas primeiras semanas, a ABPA estima que as exportações de carne de frango fiquem próximas das 400 mil toneladas no período.
O volume sobe, mas os preços em dólares diminuem, apesar de as receitas em reais melhorarem. O valor médio da arroba de carne de frango recuou para US$ 1.488 neste mês, 22% menos do que há um ano.
No mesmo período, o valor da tonelada de carne suína caiu 39%; e a bovina, 10%.
Fonte: Folha de S. Paulo