As cadeias produtivas de aves e suínos do Estado de Santa Catarina, consideradas entre as mais modernas do mundo, devem adotar, até o final do ano, a tecnologia Radio Frequency Identification – RFID, baseada no uso da radiofrequência para aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade. Esta tecnologia permite o uso de uma espécie de etiqueta eletrônica inteligente, que será implantada nos lacres dos contêineres.
HOMOLOGAÇÃO
O diretor executivo do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo de Gouvêa, explica que a implantação do sistema de rastreabilidade de RFID aguarda a homologação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Deverá ser implantada, ainda neste ano, cobrindo toda a operação das agroindústrias até a chegada aos portos.
Para aperfeiçoar ainda mais a rastreabilidade em Santa Catarina, a tecnologia será empregada no campo e dentro das plantas industriais. Essa tecnologia está disponível em escala mundial e já é aplicada em várias áreas das atividades humana e empresarial.
Com isso, conforme a vida do animal avança, registram-se nesta etiqueta os principais fatos relevantes sob aspectos de nutrição, saúde, localização, entre outros. Além disso, após o processamento, é possível manter este histórico junto ao produto, incluindo as validações oficiais e respectivas certificações.
APERFEIÇOAMENTO
O diretor esclarece que não haverá mudança na metodologia adotada, mas um aperfeiçoamento tecnológico da rastreabilidade, trazendo inovação, processos online, mais segurança e confiabilidade ao sistema.
“Esse é mais um investimento na vanguarda da cadeia produtiva de proteína animal catarinense. Certamente nossos clientes internos e externos reconhecerão nossa evolução e continuarão a nos dar a preferência de aquisição nesta jornada de várias décadas”, comemora o diretor do Sindicarne, Ricardo de Gouvêa.
SISTEMA
A rastreabilidade permite capturar, armazenar e relacionar informações desde o provedor de insumos e matérias-primas e produtores, até as unidades industriais, a logística e o transporte, as unidades de venda e os consumidores. Um fluxo com registro, identificação e transmissão de informações permite conhecer a procedência, o produto e sua localização. Trata-se de um monitoramento seguro e completo com registro dos estabelecimentos, das movimentações e das operações, obedecendo normas internacionais.
PARCERIAS
O emprego destes recursos, no aperfeiçoamento da rastreabilidade suinícola, resulta de parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), Sindicarne e Associação Catarinense de Avicultura (Acav), envolvendo outras instituições da sociedade catarinense, órgãos oficiais da Secretaria da Agricultura, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), o Ministério da Agricultura, incluindo o Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e Serviço de Inspeção de Produtos de Origem animal/Serviço de Inspeção Federal (Sipoa/SIF), além de empresas privadas de tecnologia e centros de pesquisa e Universidade de São Paulo (USP).
O projeto — também conhecido como Canal Azul — teve a colaboração da Fapesc e apoio do Sindicarne e da Acav, com a participação das agroindústrias catarinenses. Foi realizado um piloto no Estado nos anos de 2012 e 2013, quando foi testada a aplicabilidade da tecnologia que, agora, deve ser utilizada para todos os interessados da cadeia produtiva.
Assine e receba os exemplares da Revista A Lavoura em sua casa. Entre em contato pelo e-mail: assinealavoura@sna.agr.br
Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 709/2015