Etanol: Carnaval não aquece demanda e cotações recuam
Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os valores dos etanóis anidro e hidratado registraram leve queda na semana passada frente à anterior, mesmo com o período de Carnaval.
Segundo pesquisadores do Cepea, compradores anteciparam as negociações, reduzindo a demanda na semana que antecedeu o Carnaval. Unidades produtoras, por sua vez, buscaram reduzir estoques para liberar espaço para o produto da temporada 2018/19, que começa em breve.
Entre 5 e 9 de fevereiro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado (Estado de São Paulo) fechou a R$ 1,833/litro, com recuo de 0,33% em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador Cepea/Esalq (também no estado paulista) foi de R$ 1,9469/litro, com pequena baixa de 0,13% no mesmo período.
Algodão: preço sobe com vendedor firme
A posição firme de cotonicultores e tradings tem elevado o preço da pluma desde o início deste mês, de acordo com informações do Cepea. Entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, o Indicador do Algodão Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, subiu 0,5%, fechando a R$ 2,7674/lp ontem.
Porém, nessa Quarta-feira de Cinzas, com muitos agentes fora de mercado e a consequente baixa liquidez, o algodão se desvalorizou.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou, em relatório divulgado no dia 8 de fevereiro, que a área a ser semeada na safra 2017/18, projetada em 1.05 milhão em janeiro, passou para 1.102 milhão de hectares, com aumento de 17,4% frente à temporada 2016/17.
Ainda que a produtividade esperada, de 1.623 kg/ha, seja 0,04% menor que a da safra anterior, a produção está estimada em 1.79 milhão de toneladas para a temporada 2017/18, com elevação de 17% frente à passada e 5% acima dos dados de janeiro.
Trigo: negociações seguem lentas no mercado interno
A comercialização de trigo no Brasil continua em ritmo lento, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Agentes de moinhos realizam aquisições de forma pontual porque se mostram abastecidos por alguns meses. Vendedores, por sua vez, ofertam quando há necessidade de escoamento.
Além disso, o maior volume de importações no início deste ano, devido à desvalorização cambial, têm reduzido os negócios do produto nacional. Quanto aos derivados, os preços do farelo de trigo vêm apresentando redução semana a semana, em função da maior oferta e do baixo interesse de aquisição.
Fonte: Cepea