Estudo da Conab mostra a reação dos preços de hortifrútis durante pandemia

Diversas medidas de enfrentamento ao Coronavírus levaram a uma corrida aos mercados, provocando o aumento do consumo, pelo temor de um possível desabastecimento. A informação faz parte de um estudo divulgado nesta quinta-feira no Boletim do Prohort da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A pesquisa mostrou que, em razão do isolamento social e, também, do fechamento de bares e restaurantes, houve uma redução no movimento dentro das centrais de abastecimento, o que influenciou a dinâmica da comercialização,  e isso pode ter contribuído para a alta de preços.

Entre os principais aumentos estão os da cenoura, que apresenta movimento de alta desde janeiro. O produto ficou mais caro em todos os estados pesquisados, mesmo após as cotações atingirem os mais baixos índices há poucos meses atrás, em novembro/dezembro de 2019.

Outras hortaliças que registraram alta foram a batata, a cebola e o tomate. No caso da alface, houve maior oferta nos mercados, porém, menor demanda pela alta perecibilidade e porque os consumidores acabam evitando o consumo de produtos crus no período da quarentena.

No levantamento das frutas, entre as mais caras destaca-se a laranja. O estudo associa o fato ao aumento da demanda por citrus em geral, cujo motivo também pode estar ligado à pandemia do Coronavírus, que leva as pessoas a modificarem hábitos de consumo.

Como essas frutas são ricas em vitamina C, elas auxiliam no aumento da imunidade e, assim, passaram a ser mais procuradas pelos consumidores, fato que elevou a demanda e pressionou as cotações.

Análises

Além do acompanhamento mensal do Boletim Prohort, a Conab também tem monitorando a oferta e as demandas dos hortifrútis e os preços nos entrepostos para gerar relatórios semanais que são enviados ao comitê de crise do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

As últimas análises informam que as ações preventivas adotadas pelas Ceasas têm garantido que os produtos hortigranjeiros continuem chegando de forma segura a todos os usuários dos entrepostos.

Além das medidas sanitárias, as centrais também promovem o controle do quantitativo de pessoas que acessam os mercados e realizam campanhas de orientação direcionadas aos funcionários, permissionários e usuários, com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Volume comercializado

O setor hortigranjeiro chegou a comercilizar 16.81 milhões de toneladas de frutas e hortaliças em 2019, movimentando recursos de mais de R$ 41 bilhões em todo o país. Em comparação com 2018, os números mostram estabilidade na quantidade comercializada. No entanto, houve aumento de 12,97% no valor total das transações.

Os dados pertencem ao estudo Comercialização Total de Frutas e Hortaliças, divulgado pela Conab, junto ao Boletim Prohort. O documento avalia a comercialização das frutas com base na compilação dos dados de todas as centrais de abastecimento que dispõem de dados estatísticos da comercialização do setor hortigranjeiro no atacado.

As informações mostram inclusive o comportamento do setor por região e permitem fazer um comparativo com o ano anterior. Acesse aqui as versões completas do Boletim Hortigranjeiro de abril e do estudo Centrais de Abastecimento – Comercialização Total 2019, na seção de Hortigranjeiros no portal da Conab.

 

 

Fonte: Conab

Equipe SNA

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