O já conhecido estudo produzido pelo biólogo Gilles-Éric Séralini, segundo o qual o milho geneticamente modificado (GM) induz tumores em ratos, foi novamente desacreditado, dessa vez por duas publicações da União Europeia e uma da França. Séralini é professor da Universidade de Caes, e havia publicado seu artigo na revista Food and Chemical Toxicology, que posteriormente removeu a publicação, uma vez que o artigo já foi refutado pela comunidade científica outras vezes.
Segundo os responsáveis pelo estudo produzido na França, é necessário que a população tenha acesso a esses novos resultados para que mitos sobre as culturas geneticamente modificadas não sejam passados adiante. Além disso, eles salientam que o controle desses produtos na Europa é o mais severo do mundo.
“Os consumidores europeus devem ser informados dos resultados desses estudos, [que] devem tranquilizá-los sobre a qualidade de suas plantas geneticamente modificadas autorizadas para comercialização e sobre o procedimento de avaliação europeu, que já é o mais rigoroso do mundo”, diz o relatório.
A Associação de Biotecnologia Vegetal (AFBV) afirmou que, ao contrário do que disse o biólogo, não é necessária a realização de estudos no longo prazo. Entretanto, garantiram que não existem evidências que esses produtos causam tumores em ratos, seja a curto, médio, ou longo prazo.
“Além disso, esses novos estudos contradizem a proposta de Séralini sobre a necessidade de realizar estudos de longo prazo. Os dados do G-TwyST dos estudos de alimentação de 90 dias e de longo prazo em roedores não identificaram riscos potenciais e, portanto, apoiaram os resultados das análises iniciais”, conclui a AFBV.
Fonte: Agrolink