Os estoques finais de suco de laranja da safra 2019/20 devem alcançar 420.782 toneladas em junho deste ano, com aumento de 66% na variação anual e com o maior volume desde 2015. A estimativa é da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
“O volume é considerado adequado para ajudar a indústria a atravessar a próxima temporada (2020/21), que será de safra menor”, disse à Reuters o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto. Segundo ele, o estoque “serve como um ‘colchão’ para a safra que temos pela frente, que é pequena”.
Para o executivo, nos últimos cinco anos, a bienalidade da citricultura brasileira tem sido muito marcante. “Quando é ano de safra cheia, ela vem bem grande, e quando é uma temporada negativa, a produção é, de fato, muito menor”.
O levantamento da CitrusBR indica que o processamento total de laranja no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro na safra 2019/20 atingiu 325.1 milhões caixas de 40,8 quilos. Desse volume, 295.3 milhões de caixas são das empresas associadas à entidade.
Com isso, a produção total de suco de laranja foi estimada em 1.2 milhão de toneladas de FCOJ (suco concentrado e congelado) equivalente na temporada, com aumento de 327.500 toneladas ou 37,40% no comparativo anual.
Quanto à crise do Coronavírus, o diretor afirmou que não está no radar nenhum problema de falta de mão de obra para a colheita, decorrente de medidas de controle da doença. “Estamos tomando várias medidas de prevenção”, disse ele, ao comentar sobre a colheita da nova safra da indústria, que deve se iniciar em junho em algumas áreas.
A safra de laranja 2020/21 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro deve alcançar 287.76 milhões de caixas de 40,8 kg, segundo estimativa do Fundecitrus. O volume é 25,60% menor do que safra anterior, estimada em 386.79 milhões de caixas, e 12,50% inferior à média dos últimos dez anos.
O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja.
Fonte: Reuters
