Embrapa expõe tipos de forrageiras tropicais durante Dinapec, em março

Durante todo o ano, produtores, técnicos e estudantes podem conhecer a vitrine tecnológica da Embrapa em Campo Grande (MS). Porém, durante a Dinâmica Agropecuária – Dinapec, que este ano acontece entre 9 e 11 de março, a vitrine está em apogeu, com os últimos lançamentos em forrageiras tropicais para bovinocultura de corte em exposição no campo.

A BRS Tamani está entre os lançamentos. A cultivar de Panicum maximum chegou em 2015 para suprir a demanda por um material de porte baixo, fácil manejo, alto valor nutritivo e perfilhamento. Além disso é uma alternativa às áreas plantadas unicamente com a cultivar Massai.

Apresentada no ano anterior, 2014, a BRS Zuri é uma planta também do gênero Panicum e destaca-se pelo alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis. Assim em áreas com históricos de infestação do fungo, ela é a mais recomendada. A BRS Zuri também tem alta resistência à cigarrinha-das-pastagens. As duas gramíneas serão destaques nos plotes da Dinapec.

Outras possibilidades encontradas na vitrine são os consórcios em sistemas integrados. O milho safrinha estará acompanhado dos capins Paiaguás, Zuri e Tamani. Já o guandu BRS Mandarim das forrageiras Piatã, Zuri e Tamani.

“As forrageiras favorecem a sua utilização em sistemas integrados por características como o crescimento mais lento na fase inicial com menor competição com a cultura associada; o sistema radicular profundo, que confere maior tolerância a seca e maior reciclagem de nutrientes; e a boa tolerância a sombreamento”, lista o pesquisador Ademir Hugo Zimmer.

 

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA

Especialista em manejo de pastagem, Zimmer ressalta a importância de se escolher uma forrageira no sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), pois ela deve atender aos objetivos da produção em questão e isso exige manejo adequado à produção animal, proporcionando boa palhada para os cultivos em sucessão.

Braquiárias, como Piatã e Paiaguás, “se caracterizam por sua rusticidade e adaptação a solos de baixa fertilidade e ácidos, entretanto, respondem bem a melhorias na fertilidade do solo e, portanto, apresentam altas produções em áreas com cultivos anuais”. Os panicuns por sua vez, como Zuri e Tamani, são altamente produtivos, exigentes em solo, têm elevada produção de forragem de qualidade superior, resultando em bons ganhos de peso.

Tanto braquiárias quanto panicuns, conforme o pesquisador, servem para todas as fases da criação, mas são indicados na recria e engorda de bovinos e produção de leite. Já o uso do guandu BRS Mandarim é ideal para recuperação de pastagens. O feijão guandu fixa o nitrogênio nas raízes e assim o produtor rural recupera seu pasto sem utilizar a adubação nitrogenada. É economia e sustentabilidade.

A Dinapec 2016 tem a participação das Unidades da Embrapa – Agropecuária Oeste, Pantanal, Florestas, Pecuária Sudeste, Rondônia, Caprinos e Ovinos, Agroindústria de Alimentos, Gado de Leite e Gado de Corte, com parceria da Fundação MS, Unipasto, Iagro/MS, Famasul e Sistema S (Sesc, Sebrae e Senar).

 

Fonte: Embrapa Gado de Corte

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp