A mosca-branca (Bemisia tabaci) tem causado prejuízos diretos e indiretos em diversos cultivos importantes para a economia do Estado de Goiás e do Brasil. Com o objetivo de desenvolver estratégias para o manejo integrado da mosca-branca, Bemisia tabaci biótipo B e os vírus por ela transmitidos nas principais culturas da região, a Embrapa Arroz e Feijão (GO) está desenvolvendo um hotsite que disponibilizará informações, em tempo real, sobre a dinâmica da mosca-branca (ninfas e adultos) e das plantas infectadas com vírus transmitidos pelo inseto, em diferentes cultivos e regiões geográficas do Brasil.
Tais informações auxiliarão aos produtores e extensionistas rurais, no manejo da praga, que vem afetando as lavouras de soja, arroz, feijão, algodão, hortaliças e frutíferas do Cerrado brasileiro. Esta primeira etapa, antes da implementação do sistema de alerta para as diferentes regiões e culturas hospedeiras da praga, o sistema será validado em ação conjunta entre a Embrapa Arroz e Feijão e a Emater Goiás.
Para tanto, serão capacitados na Embrapa Arroz e Feijão, seis engenheiros agrônomos da Emater, situados nos escritórios de Planaltina, Goiânia, Buriti Alegre, Itaberaí, Itapaci e também do Campo Experimental de Rio Verde. Após a validação do sistema de alertas será organizado um canal de comunicação permanente entre pesquisa e assistência técnica, servindo como veículo de captação de demandas e ajuda nas soluções dos problemas causados pela praga.
Dentre os prejuízos diretos e indiretos que a mosca-branca traz para as lavouras se destacam a redução na produtividade e os impactos na qualidade dos produtos, pois ao se alimentar das plantas sadias o inseto transmite diversos vírus, entre eles, o vírus mosaico dourado e o carlavírus. Estas doenças podem levar ao enfraquecimento das plantas, causando perdas que podem variar de 40 a 100% dependendo da incidência, da época de plantio ou da cultivar que se esta produzindo.
De acordo com dados realizados pelos pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão se estima que são afetados pelo menos 200 mil hectares que são inviabilizados só no cultivo do feijoeiro na safra “da seca”, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do País.
A parceria interinstitucional entre pesquisa, extensão e o produtor rural busca contribuir para a integração e fortalecimento de ações de transferência de tecnologia para o controle da mosca-branca, tanto no Cerrado brasileiro quanto em todo o território nacional.
Fonte: Embrapa