Os números divulgados ontem (1º de agosto) pela SECEX/ME apontam que em julho passado o Brasil exportou 404.606 toneladas de carne de frango in natura, volume que supera em 7,5% as 376.212 toneladas registradas em julho de 2022. Mas, comparativamente ao mês anterior (419.254 toneladas em junho passado), também com 21 dias úteis, ocorreu redução próxima de 3,5%.
Porém, os recuos de julho incidiram muito mais sobre o preço. Pois a média registrada no mês, de pouco mais de US$1.945,00/tonelada, correspondeu a quedas de, aproximadamente, 12,5% sobre julho de 2022 e de pouco mais de 2% sobre o mês anterior, o que fez com que o valor registrado retrocedesse ao menor nível dos últimos três meses.
O resultado, obviamente, foi uma receita cambial menor que a do mês passado e a de um ano atrás, o valor alcançado (US$787,150 milhões) representando recuo mensal e anual de mais de 5%.
Apesar disso, os resultado acumulados no ano – tanto em volume como em receita cambial – permanecem positivos. O total já embarcado, pouco superior a 2,860 milhões de toneladas (e que sugere volume anual da ordem de 4,9 milhões de toneladas) se encontra 10% acima do alcançado entre janeiro e julho de 2022.
Por seu turno, a receita cambial, mesmo sofrendo diluição nos últimos meses, mantém-se quase 8% acima da registrada nos mesmos sete meses de 2022 e já supera os US$5,5 bilhões. Na prática, quase iguala à receita cambial acumulada pelo produto in natura nos 12 meses de 2020 – US$5,544 bilhões.
Com evolução positiva até dois meses atrás, a redução no preço médio agora se acentuou, apresentando retração de mais de 2% em relação a idêntico período do ano passado. E esse, tudo indica, é um índice que tende a se ampliar, em função, apenas, do fato de que, um ano atrás, entre maio e dezembro, os preços obtidos alcançaram valores inéditos na história das exportações.
