As exportações brasileiras de café alcançaram 3.689 milhões de sacas em novembro deste ano, 24,4% mais que no mesmo mês de 2017, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Os volumes incluem café verde, torrado e moído e café solúvel.
Foram 3.189 milhões de sacas de arábica (alta de 18,9%) e 233.900 sacas de conilon (alta de 541,1%). Os embarques de café industrializado (solúvel e torrado e moído) cresceram 8,2% no mês passado, para 265.414 sacas.
Apesar do grande aumento do volume embarcado em novembro, a receita com as vendas externas de café em novembro teve leve queda, de 1%, para US$ 485.358 milhões.
O desempenho mais fraco reflete a queda nos preços de exportação. Em novembro, o valor médio do café vendido ao exterior foi 20,4% inferior em relação ao do mesmo mês de 2017 e ficou em US$ 131,56 por saca.
As cotações internacionais têm sido pressionadas pela maior oferta de café no mundo. Um dos destaques é produção brasileira, que alcançou 59.6 milhões de sacas no ciclo 2018/19, segundo divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O bom desempenho das exportações de café em novembro reforça que, se não houver nenhum imprevisto em dezembro, vamos fechar o ano civil registrando cerca de 35 milhões de sacas exportadas”, disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, em relatório.
“Esse volume retrata a recuperação do Brasil em relação ao ano anterior, com cerca de 13% de incremento nas exportações. Tudo indica que o próximo ano também terá uma performance excepcional”.
Segundo o Cecafé, entre janeiro e novembro deste ano, o Brasil exportou 31.376 milhões de sacas (café verde e industrializado), com alta de 12,5% na comparação com igual período de 2017.
A receita cambial nessa mesma comparação, porém, recuou 3,9%, para US$ 4.553 bilhões. Em igual período um ano antes, havia somado US$ 4.739 bilhões.
As vendas externas de café arábica no período somaram 25.737 milhões de sacas, com alta de 5% em relação a janeiro a novembro de 2017.
Os embarques de conilon continuaram a mostrar crescimento expressivo, resultado da recuperação da produção de café no Espírito Santo após mais de dois anos de seca. Entre janeiro e novembro, as exportações da espécie subiram 826,6%, para 2.308 milhões de sacas.
Fonte: Valor Econômico