“A Caixa Econômica Federal está entrando no crédito rural e o Banco do Brasil está falando de armazenagem.” Exemplos de filmes publicitários na TV que demonstram o interesse pelo agronegócio do país – no caso, por parte dos bancos estatais do país – foram citados dentro da temática “Problemas e Soluções do Agro – Uma abordagem de mídia”. O assunto foi desenvolvido por Eduardo Daher, presidente da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). Ele participou do primeiro painel do 14º Congresso de Agribusiness da SNA, intitulado “Viabilidade econômica, social e ambiental do sistema agroalimentar”, no dia 7 de novembro, no auditório da Confederação Nacional do Comércio (CNC), no centro do Rio de Janeiro.
Daher apresentou uma série de filmes publicitários e reportagens televisivas, a exemplo de uma matéria do Jornal da Globo (Globo) do repórter Rodrigo Bocardi, que mostrava uma fila de espera de 30 quilômetros de caminhões que aguardavam para descarregar, principalmente agrícolas, no porto de Santos, no estado de São Paulo. “Antigamente, a fila demorava dois dias e meio. Agora, com o aumento da produtividade rural, a espera pode chegar a quatro dias”, citou o presidente da Andef.
Diante do cenário ligado aos problemas de logística, Daher salientou que o preço do frete já subiu. “No município de Sorriso, no Mato Grosso, o frete custa 195 reais em2012, e agora custa 220”, informou. Para sanar parte deste gargalo da infraestrutura brasileira, ele citou o “Plano Nacional de Logística Portuária” e o Programa para Construção, Reforma e Ampliação de Armazéns do Banco do Brasil.
O primeiro (PNLP) visa criar um plano diretor para os portos brasileiros, com o objetivo de fazer uma articulação entre o modal aquaviário, rodoviário, aeroviário e ferroviário. O segundo plano citado por Daher, o PCA, “objetiva ampliar a capacidade de armazenamento agrícola do País, reduzir problemas logísticos de escoamento da produção em pico de safra e proporcionar ao produtor rural e às suas cooperativas o melhor momento de escoamento e comercialização de seus produtos”, segundo descrição do BB.
Por equipe da SNA/RJ