Com o processo de seleção aberto para o próximo presidente da Embrapa, 16 candidatos já estão na disputa. Figuram entre eles Luís Carlos Guedes Pinto, que foi ministro da Agricultura entre 2006 e 2007, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil; Xico Graziano, que foi chefe do gabinete pessoal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1995, presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), secretário de Agricultura de São Paulo e ex-deputado federal; e Altemir Gregolin, ex-ministro do extinto Ministério da Pesca durante os governos do ex-presidente Lula.
Também estão no páreo pesquisadores de renome da empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, como Eduardo Assad e Cléber Soares, atual diretor de Inovação e Tecnologia da estatal. O prazo de inscrição terminou na segunda-feira. Agora, o conselho de administração da Embrapa fará um pente-fino nos currículos, entrevistará os três melhores avaliados e fará uma eleição para escolher o próximo presidente. A nomeação será feita até 15 de outubro pelo presidente do conselho da empresa, Eumar Novacki, que é secretário-executivo do Ministério da Agricultura.
Novacki explica que o processo de seleção mudou. Antes, apesar de o conselho também escolher os três melhores candidatos, era o presidente da República que nomeava o presidente da Embrapa. No entanto, a Casa Civil ainda precisa validar tecnicamente o nome do candidato escolhido. Nas últimas três décadas, somente servidores da estatal de pesquisas assumiram a presidência. Quem substituir Maurício Lopes na presidência assumirá o cargo em uma fase de desafios, já que a estatal passa por reestruturações administrativa e financeira, sendo alvo de forte pressão pelo resgate de um maior protagonismo da empresa e a aceleração de sua modernização.
Fonte: Valor Econômico