SNA: considerações sobre a safra do café 2012

Joel Naegele: tecnologia e profissionalismo impulsionam o setor cafeeiro no Brasil

O vice-presidente da SNA Joel Naegele credita o bom resultado da safra do café em 2012 ao profissionalismo e à paixão dos produtores do grão. Segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o café produzido no Brasil neste ano deve chegar a 50,48 milhões de sacas beneficiadas. O volume representa um crescimento de 16,1%, se comparado com a safra anterior, que foi de 43,48 milhões de sacas de 60 kg. “Estamos falando de uma cultura tradicional no país, com altos e baixos na produção, que felizmente está se firmando com o profissionalismo dos produtores, boa parte deles já em segunda ou terceira gerações, transmitindo sempre aos herdeiros a paixão pela atividade”, enfatiza o vice-presidente.

O crescimento é atribuído ao ano de alta bienalidade lado a lado com o investimento realizado pelo produtor na lavoura. “O benefício da bienalidade é real, ou seja, em um ano a safra é menor e no próximo, via de regra, mantidas as condições ideais, é melhor. Além disso, os produtores são apaixonados pelo que fazem, portanto, nunca se desligam do árduo trabalho de manter a plantação sempre bem cuidada, com os tratos da cultura cafeeira de acordo com as determinações técnicas”, confirma Joel.

Caso a expectativa se confirme, esta será a maior safra produzida no país, superando até mesmo o recorde anterior de 48,48 milhões de sacas, do período 2002/2003. E, comparado com a safra de 2010, último ano de ciclo positivo, a produção é 4,96% maior. O destaque vai para o café da espécie arábica, que teve uma produção estimada em 37,95 milhões de sacas, representando em média 75,2% da produção nacional. Minas Gerais fica com o título de maior produtor, com um volume previsto de 26,63 milhões de sacas. Já o conilon ou robusta, cuja produção é estimada em 12,54 milhões de sacas, média de 24,8% da produção cafeeira do país, tem no estado do Espírito Santo seu maior produtor, com uma colheita estimada em 9,71 milhões de sacas.

Com esse cenário mais do que positivo o futuro, para o vice-presidente da SNA, é cada vez mais otimista. “A nova geração de cafeicultores já adota todos os procedimentos mais modernos, contando com os profissionais cada vez mais competentes, tendo por trás o espetacular trabalho capitaneado pela Embrapa. Dessa forma, a produção que está por vir está assegurada por fatores como tecnologia e dedicação provenientes de cada produtor do nosso país”, finaliza.

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