Os dados da Secex/MDIC relativos à exportação de carnes da segunda semana de março demonstram que os resultados excepcionais levantados no período inicial do mês não passaram de alarme falso. Porque a receita cambial então levantada – US$ 88.606 milhões pela média diária da 1ª semana – recuou quase 44% na semana passada. E o volume global então projetado para o mês, somadas as três carnes, perto de 713.000 toneladas, agora é um quarto menor, não chegando a 535.000 toneladas.
Calma, porém, porque isso não significa retrocesso das exportações, mas apenas contabilização inadequada dos resultados levantados. Ou seja: na primeira semana de março estavam embutidas exportações de 27 e 28 de fevereiro, não contabilizadas naquele mês porque os dois últimos dias do mês (segunda e terça-feira de Carnaval) foram de ponto facultativo no calendário do governo federal.
É verdade que, mesmo isso considerado, os resultados da 2ª semana de março são inferiores aos da semana inicial do mês. Mas, neste caso, a diferença é bastante inferior aos 44% levantados a partir da tabela (US$ 88.606 milhões/dia X 3 dias ± 5 dias = US$ 53.164 milhões/dia; portanto, receita da 2ª semana foi, pela média diária, 6,5% menor).
A constatação de que há restos de fevereiro não contabilizados nas exportações de março também altera as projeções de volume para o mês. Porém, mantidos os dados da Secex/MDIC, as três carnes tendem a um aumento de volume em relação a fevereiro passado – a carne suína, de 65%; a bovina, de 41% e a de frango, de 16%.
Já em relação a março de 2016 apenas a carne suína sinaliza com aumento significativo – de quase 30%. A carne bovina tende, quase, à estabilização – incremento de apenas 1% – enquanto a carne de frango sinaliza redução de volume de mais de 5%.
Fonte: AviSite