Se é que houve algum ganho nos dois anos anteriores, 2023 começa com perdas gerais. E com quedas de preço significativas em relação ao mês anterior.
O menor recuo no mês é o do boi em pé. Redução mensal de 2,82%, índice que sobe para 4% no frango vivo e fica não muito distante dos 10% no caso do suíno.
O pior, no entanto, é que as reduções persistem quando a comparação tem por base o mesmo mês do ano passado, janeiro de 2022. Pois a variação observada na comercialização do frango vivo está próxima de zero (ou seja: os preços permanecem os mesmos de um ano atrás), enquanto a do boi apresenta redução de 17%.
É verdade que o suíno está fechando janeiro com um valor médio 26% superior ao registrado no início de 2022. Mas não há elevação e, sim, uma baixa base de comparação. Tanto que nos 12 meses encerrados em janeiro de 2023, o suíno acumula variação negativa de praticamente 1%.
Neste caso, o boi mantém-se, nominalmente, em estabilidade, pois sua cotação média nos últimos 12 meses, mesmo com evolução negativa, apresenta queda inferior a meio por cento.
Ainda assim é impossível esquecer que a inflação oficial média dos últimos 12 meses anda próxima dos 6%. Dessa forma, apenas o frango vivo registra (pequeno) ganho real. Isso, porém, não significa ganho na verdadeira acepção da palavra, pois, no ano passado, o custo de produção aumentou mais de 10%.