Levando em conta que o valor atual vem vigorando desde 29 de março de 2017, nesta sexta-feira, 29 de setembro, o frango vivo negociado no interior paulista inicia seu sétimo mês com o preço inalterado em R$ 2,50/kg. Esse é, com certeza, um comportamento inédito na história das chamadas “commodities agropecuárias”.
Além disso, não reflete o desempenho do correspondente frango abatido, cuja variação de preço nestes últimos seis meses (base: frango resfriado comercializado no grande atacado da cidade de São Paulo) registrou amplitude de mais de 20%, indo de um mínimo de R$ 2,950/kg (final dos meses de julho e agosto) a um máximo de R$ 3,55/kg (meados da primeira quinzena de setembro corrente).
Com isso, o frango vivo encerra os nove primeiros meses de 2017 alcançando valor médio que o coloca muitíssimo aquém da inflação (IPCA) acumulada em um, dois ou três anos – situação, aliás, muito similar à do boi em pé que, em função das muitas trapalhadas ocorridas neste ano no setor, fecha o terceiro trimestre com um valor nominal médio inferior ao registrado nos dois anos anteriores em idêntico período.
Salva-se, assim, apenas o suíno, mas em relação a 2015 e 2016, anos em que se registra evolução superior à da inflação. Porque, considerado um espaço de tempo mais longo (três anos), o preço médio de 2017 acusa evolução inferior à da inflação acumulada no período.
Em comparação às suas duas principais matérias-primas, não só o suíno, mas também o frango registram desempenho superior. Nota-se, porém, que em relação a dois ou três anos passados, o frango vivo apresenta evolução de preço inferior à do milho.
Fonte: AviSite