Como é normal acontecer a cada novo início de mês, as carnes abriram julho apresentando resultados de exportação que podem ser considerados excelentes.
Na primeira semana (1 a 4, três dias úteis) obtiveram receita média diária de US$ 74.741 milhões, valor que representa incremento de 19,5% e 6,6% sobre as médias diárias do mês anterior (US$ 62.529 milhões/dia em junho passado) e do mesmo mês de 2014 (US$ 70.091 milhões/dia em julho do ano passado). Mas não só, pois o valor ora registrado também corresponde, em termos mensais, a um novo recorde, superando em mais de 4% a marca máxima anterior – US$ 71.748 milhões em novembro de 2014.
De toda forma não chega a ser um resultado excepcional, pois, por exemplo, em junho passado o mês foi aberto com resultado ainda superior ao atual (US$ 76.772 milhões/dia na primeira semana), valor que se diluiu com o avanço do mês. Daí junho ter registrado média diária de US$ 62.529 milhões/dia).
Em suma, os resultados das próximas semanas também podem sofrer redução. O que não significa que isso implique, necessariamente, em uma queda em relação ao mês anterior. É que julho corrente tem dois dias úteis a mais que o mês anterior e, assim, mesmo uma queda de até 8% na média diária vai redundar em receita cambial maior que a do mês anterior.
Mas os primeiros resultados do mês já sinalizam que redução do gênero é impossível de ocorrer. Porque os embarques de carne suína tendem a dobrar em relação a junho passado e superar a marca das 80.000 toneladas, resultado que, por sua vez, corresponderia a volume jamais alcançado nas exportações do setor (o recorde, até aqui, é de pouco mais de 56.000 toneladas, volume registrado em outubro de 2009; desde então, em apenas duas ocasiões foram alcançadas as 50.000 toneladas mensais).
Porém, o resultado mais promissor dessa primeira semana de julho vem da carne de frango. Que, no primeiro semestre de 2015 realizou embarques diários da ordem de 15.858 toneladas, mas abre o segundo semestre do ano com volume mais de um terço superior, ou seja, 21.638 toneladas diárias.
É claro que esse resultado também tende a uma diluição no decorrer do mês. Mas significa, por ora, embarque total próximo de 500.000 toneladas – só de produto in natura. E mesmo que não seja totalmente alcançado, deverá corresponder a, praticamente, o dobro do que se exportou seis meses atrás (247.000 toneladas em janeiro de 2015).
Fonte: AviSite