O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou, nesta quinta-feira (14/12, que o desembolso do crédito rural nos cinco primeiros meses do Plano Safra 2023/2024 totalizou R$ 217 bilhões, um aumento de 15% em relação ao mesmo período da safra passada.
Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 126 bilhões. Já as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 44 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 26 bilhões e as de industrialização, R$ 20 bilhões.
Segundo o MAPA, foram firmados 1.011.242 contratos no período de cinco meses do ano agrícola, sendo 737.543 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 115.267 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). Os demais produtores firmaram 158.432 contratos, correspondendo a R$ 154.4 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras. O total de R$ 217 bilhões corresponde a 50% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores (pequenos, médios e grandes), que é de R$ 435.8 bilhões.
Na agricultura empresarial (médios e grandes agricultores), a aplicação do crédito rural totalizou R$ 186.5 bilhões de julho a novembro, correspondendo a um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor significa 51% do total programado pelo governo de R$ 364.2 bilhões.
Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram de quase R$ 31 bilhões no Pronaf e de R$ 32.1 bilhões no Pronamp, respectivamente.
Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) teve contratações da ordem de R$ 1.3 bilhão, significando um aumento de 25% em relação ao mesmo período na safra anterior. E os financiamentos para o programa Pronamp totalizaram R$ 3 bilhões, aumento de 70%.
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis totalizou R$ 11 bilhões, significando um aumento de 450% em relação ao mesmo período da safra anterior, sinalizando uma maior utilização dessa fonte, colocados à disposição para equalização dentro do Plano Safra.
O MAPA destaca, ainda, a contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o funding do crédito rural, que respondeu por 46% do total das aplicações da agricultura empresarial nos primeiros cinco meses da safra atual, se situando em R$ 85.5 bilhões, com aumento de 98% em relação ao mesmo período da safra passada, quando essa fonte representou 27% (R$ 43.1 bilhões).