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Expoente na defesa do agro e membro da FPA, Deputado Arnaldo Jardim (CD-SP), diz que o país pode equilibrar crescimento e sustentabilidade, assumindo o protagonismo no cenário internacional
O Brasil se orgulha de ter a maior Floresta tropical do mundo — a Amazônia —, mas precisa ir além, deixar para trás a discussão sem sentido de que desenvolvimento do PIB e meio ambiente são antagônicos para demonstrar que consegue compartilhar crescimento e preservação.
Um país onde a neoindustrialização tenha a marca agrosustentável, e se confirmem os princípios ESG (environmental, social and governance), orientando o setor de serviços e o próprio poder público. Nosso bioma é diverso, nossa energia é limpa, fomos abençoados pela natureza (já diria Jorge Benjor). Por que insistimos em não aproveitar esse potencial natural da melhor maneira possível?
Não nos faltam insumos para falar alto e com autoridade sobre esse assunto. E por que não buscávamos esse protagonismo? Talvez por medo, talvez por comodismo, talvez por simplesmente ficarmos acuados diante dos dedos que nos apontavam do exterior. Não digo que erros não foram cometidos, mas não somos vilões nesse debate. E, agora, podemos ser a locomotiva a puxar o mundo por novos trilhos.
Precisamos de investimentos, de inovação e pesquisa, de legislação e regulação, de políticas públicas eficientes e tudo com ousadia. Acordamos para essa necessidade e não vamos voltar a dormir na mata.
O Brasil, que sempre foi voz ativa nos fóruns internacionais sobre o clima, sediará, em 2025, a COP 30, em Belém (PA), no coração da região amazônica. Ou seja, muita coisa há de vir.
Em 1964, no carnaval carioca, a Império Serrano, tradicional escola de Madureira, entrou na avenida com um samba que se tornou imortal, chamado Aquarela Brasileira, e que terminava assim: “Brasil, essas nossas verdes matas/Cachoeiras e cascatas/De colorido sutil/E esse lindo céu azul de anil/Emolduram em aquarela o meu Brasil”.
Passados 60 anos, setor produtivo, classe política e sociedade se unem para pintar essa aquarela com cores ainda mais fortes para tornar o Brasil mais competitivo, justo e inclusivo.