O mercado brasileiro de carne suína apresentou declínio de preços em maio, impactado pelo enfraquecimento na demanda, especialmente a partir da segunda metade do mês. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o consumo interno registrou ligeira melhora na primeira quinzena devido às festividades do Dia das Mães, mas não a ponto de proporcionar uma alta consistente nos preços.
“Na segunda metade do mês, contudo, o ambiente de negócios apresentou bastante lentidão e os frigoríficos adotaram a estratégia de não formar grande volumes de estoques, o que ajudou a pressionar as cotações”, disse.
O levantamento mensal de Safras & Mercado indicou que a média de preços pagos pelo suíno vivo na região centro-sul chegou a R$ 3,54 no final de maio, 0,95% abaixo dos R$ 3,58 praticados no início do mês. A média de preços pagos pelos cortes de pernil ficou em R$ 7,22, contra os R$ 7,26 praticados no início de maio – um recuo de 0,59%. A carcaça teve um preço médio de R$ 6,17, com retração de 2,37% frente aos R$ 6,32 praticados no começo do mês.
Maia salienta que as exportações de carne suína também apresentaram volumes abaixo do esperado, o que contribuiu para elevar a disponibilidade de oferta no mercado interno, prejudicando os preços.
Dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontaram que as exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 112.3 milhões em maio (22 dias úteis), com média diária de US$ 5.1 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 41.700 toneladas, com média diária de 1.900 toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.691,40.
Em relação a abril, ocorreu retração de 24% na receita média diária, perda de 23,3% no volume diário e queda de 0,8% no preço. Na comparação com maio de 2016, houve baixa de 5,5% no valor médio diário exportado, retração de 27,9% na quantidade média diária e valorização de 31% no preço médio.
A análise mensal de preços de Safras & Mercado mostrou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 75,00 para R$ 73,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 3,28 para R 3,25. No interior a cotação recuou de R$ 3,60 para R$ 3,52.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração caiu de R$ 3,40 para R$ 3,31. No interior catarinense, a cotação retrocedeu de R$ 3,57 para R$ 3,50. No Paraná, o quilo vivo teve queda de R$ 3,65 para R$ 3,60 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo recuou de R$ 3,41 para R$ 3,37.
No Mato Grosso do Sul, a cotação na integração baixou de R$ 3,17 para R$ 3,10, enquanto em Campo Grande o preço retrocedeu de R$ 3,45 para R$ 3,40. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 3,70 para R$ 3,90.
No interior de Minas Gerais, o quilo passou de R$ 3,60 para R$ 3,65 e, no mercado independente mineiro, de R$ 3,80 para R$ 3,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 3,52 para R$ 3,45. Já na integração do estado a cotação avançou de R$ 3,28 para R$ 3,30.
Fonte: Agência Safras