O aumento na demanda e no consumo interno de commodities da China está cada vez mais se distanciando do total produzido dentro do país, o que acaba gerando uma dependência cada vez maior da importação. Segundo David Widmar, do portal Agriculture.com, a principal lacuna é a da soja.
“Enquanto a distância da área plantada de soja tem a média de 120 milhões de acres, a maioria das outras culturas está quase nivelada”, disse Widmar.
“O excesso de produção ou colheitas com mais hectares colhidos do que o consumo doméstico equivalente ocorreu em arroz (+ 23 milhões de acres), algodão (+ 8.4 milhões de acres) e trigo (+ 5.2 milhões de acres). Milho (- 3.4 milhões de acres) e canola (-5.7 milhões de acres) cada um tem um tamanho considerável e negativo”.
Segundo o especialista, o consumo vem superando a produção ao longo de vários anos, fazendo com que a China dependa fortemente das importações. Neste cenário, Widmar afirmou que, embora esse fato não seja novo, talvez represente um novo olhar para a magnitude da confiança da China.
“Por uma série de razões, incluindo decisões políticas e realidades econômicas, a China comprou soja do resto do mundo, enquanto o consumo interno total aumentou. Isso fortaleceu a demanda e aumentou as exportações de produtos agrícolas dos Estados Unidos da América, especialmente soja”, disse o especialista.
Um fator importante para essa lacuna ter aumentando em 2018 foi a disputa comercial travada entre a China e os Estados Unidos, onde os dois países impuseram várias tarifas retaliativas sobre a exportação de produtos agrícolas.
Fonte: Agrolink