O acompanhamento feito pela Datagro da lucratividade bruta, segundo grande indicador econômico, que mede a relação entre a receita média obtida e o custo de produção, apresentou mais uma vez os resultados médios positivos para a renda dos produtores.
Levando em consideração o custo operacional de produção, custo total menos a remuneração do capital próprio e da terra, a lucratividade bruta fechou 2020 de novo de forma amplamente positiva, com resultados no geral superiores a 2019.
“Para este ano as previsões apontam para lucratividades novamente bem positivas na média, mas com chances de ficarem abaixo de 2020, uma vez que tivemos novas altas nos custos de produção. No entanto, temos expectativa de produtividades maiores e tendência de preços médios de novo elevados”, disse o analista França Junior.
Por último, foi realizada a análise da rentabilidade da soja como ativo financeiro, que a exemplo de 2018, 2015, 2012 e 2010, foi interessante para os produtores. A variação acumulada em 2020 foi positiva, com o quadro melhorando durante o ano em função dos preços no segundo semestre terem ficado muito acima dos preços do primeiro semestre.
Na média brasileira, o produtor que optou por segurar o produto e vendê-lo apenas no final do ano, pensando na soja como um ativo financeiro, teve uma rentabilidade real positiva de 65,35% em 2020, já descontada a inflação de 5,64% (índice IPC da Fipe), desempenho superior a todas as demais opções de investimentos.
Cenário positivo para 2021
Mesmo com maiores custos de produção, a expectativa positiva para a produtividade combinada com preços outra vez elevados, sugere que a renda dos produtores avance pela 15ª safra consecutiva em 2021.
A Datagro mantém a estimativa da safra 2020/21 de soja do Brasil em 135.6 milhões de toneladas, 6,60% acima das 127.2 milhões de toneladas do ano passado.
Fonte: Datagro
Equipe SNA