O quinto levantamento da Consultoria Datagro para a safra brasileira 2020/21 de soja trouxe pequenos ajustes nos números. A estimativa é de uma produção de 135.68 milhões de toneladas, pouco abaixo das 135.87 milhões de toneladas da estimativa de janeiro. Caso se confirme, esse volume seria 7% superior à safra recorde da temporada 2019/20, quando o País colheu 127.15 milhões de toneladas.
“Com as chuvas abundantes previstas para março, cerca de 95% da safra estaria garantida. Portanto, já podemos afirmar que teremos uma safra cheia e recorde”, disse Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da Datagro.
“A preocupação se limita agora às dificuldades impostas pelo excesso de umidade para a colheita. E, neste caso, algumas perdas regionais estão acontecendo. Mas ainda nada que transforme radicalmente esse cenário de grande produção”.
Em relação à área plantada, o País passa de 37.39 milhões de hectares na safra 2019/20 para 38.76 milhões na atual safra, um aumento de cerca de 4%.
Desse total, o Brasil colheu, até o dia 26 de fevereiro, 28% da área estimada, contra 15,10% na semana anterior. No mesmo período de 2020, os sojicultores brasileiros haviam colhido 44,40%, sendo a média dos últimos cinco anos de 36,90%.
Milho
A Datagro estima 24.036 milhões de toneladas para a primeira safra de milho, sendo 18.43 milhões de toneladas no centro-sul e 5.6 milhões de toneladas nas regiões Norte e Nordeste, um volume 8% inferior as 26.12 milhões de toneladas da revisada safra passada.
A área total da primeira safra atingiu 4.29 milhões de hectares em 2021, 1% inferior aos 4.33 milhões de hectares colhidos na temporada passada.
Na região centro-sul, a área deve chegar a 2.96 milhões de hectares, praticamente estável em relação aos 2.98 milhões de hectares da temporada anterior. Nas regiões Norte e Nordeste, deve atingir 1.33 milhão de hectares, 1% menor do que os 1.35 milhão de hectares da safra passada.
A região centro-sul do Brasil colheu, até o dia 26 de fevereiro, 39,10% da área estimada, contra 29,90% na semana anterior, 37,40% no mesmo período da temporada passada e 28,20% na média dos últimos cinco anos.
Segunda safra
Já para a safra de inverno de 2021, o Brasil ainda tem estimativa de área de 15.31 milhões de hectares, 5% superior aos 14.64 milhões de hectares de 2020.
Desse total, 13.13 milhões de hectares estão na região centro-sul e 2.18 milhões de hectares nas regiões Norte/Nordeste. E esse plantio deve ocorrer, mesmo que em boa parte fora das janelas ideais de semeadura.
O Brasil tem potencial na segunda safra do milho de 85.58 milhões de toneladas, 7% acima das 80.20 milhões de toneladas da revisada safra que passou. Desse total, a região centro-sul responderia por 79.78 milhões de toneladas e as regiões Norte/Nordeste por 5.79 milhões de toneladas.
Até o dia 26 de fevereiro, a região centro-sul havia plantado 40,60% da área estimada para o milho de inverno, contra 22,20% na semana anterior, 67,10% na mesma época do ano passado e 59,50% na média dos últimos cinco anos.
Área total
No total das duas safras de milho, o Brasil tem uma estimativa de área para 2020/21 de 19.60 milhões de hectares, 3% acima dos 18.97 milhões de hectares da safra anterior e produção potencial ajustada para 109.62 milhões de toneladas, contra 110.06 milhões de toneladas do levantamento anterior e 3% acima das 106.32 milhões de toneladas da safra recorde de 2019/20.
Fonte: Datagro
Equipe SNA