As exportações brasileiras de soja devem registrar o recorde de 85.5 milhões de toneladas neste ano, estimou nesta quinta-feira a consultoria Datagro, que também prevê máximas históricas para os embarques dos derivados da oleaginosa, óleo e farelo.
Caso se confirme, o volume de exportações no maior produtor e exportador global de soja registrará um aumento de 2,50% em relação a 2020.
A expectativa considera a atual projeção da safra 2020/21, de 135.6 milhões de toneladas, 7% a mais em relação à temporada anterior de 127.1 milhões de toneladas.
Já para todo o complexo soja, a estimativa de embarques totais em 2021 é de 104.3 milhões de toneladas, ou seja, 2,80% superior ao volume de 101.4 milhões de toneladas do ano passado, “números que corroboram a tendência de aumento da representatividade do setor no comércio exterior do País”, indicou a Datagro.
Para atingir esse recorde, além das vendas do grão, a consultoria estimou embarques de 18 milhões de toneladas de farelo de soja (+ 6,10%) e 850.000 toneladas de óleo (- 23,40%).
Receita expressiva
“Em função dessa boa previsão do aumento no volume total a ser exportado, a Datagro avaliou que a receita total a ser obtida do complexo soja brasileiro em 2021 seja novamente expressiva e, provavelmente, acima do recorde de 2018, totalizando US$ 43.115 bilhões, 21,80% superior à receita de 2020.”
Desse total, cerca de US$ 34.2 bilhões devem corresponder às vendas de soja (+ 19,10%). Outros US$ 8.010 bilhões virão do farelo (+ 35,30%) e US$ 905 milhões dos embarques de óleo (+18,90%).
“Para uma receita total (das exportações brasileiras) estimada atualmente em US$ 221.15 bilhões, o complexo contribuiria com 19,50%, percentual bem acima dos 16,90% de 2020 e dos 17% do recorde de 2018, superando com folga os 13,8% da média dos últimos 10 anos”, concluiu a consultoria.
Fonte: Reuters
Equipe SNA