Cotonicultura brasileira acumula recordes e China estuda investimentos no setor em Mato Grosso

Foto: Canva

O Brasil tornou-se o maior produtor e exportador de algodão do mundo em 2024, ultrapassando os Estados Unidos. E a cotonicultura brasileira mantém seu ritmo de crescimento, inclusive conquistando novos recordes com exportações de pluma de algodão. Em fevereiro deste ano, foram embarcadas 274.630 toneladas da fibra, uma elevação de 6,37% se comparado ao mesmo período de 2024, de acordo com Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

Mato Grosso

No mês passado, o estado do Mato Grosso, maior produtor de algodão do país, exportou 182.140 toneladas, representando 66,32% da exportação total brasileira deste produto.

Entre agosto de 2024 e fevereiro de 2025, o estado exportou 1.18 milhão de toneladas de pluma, volume que representa um crescimento de 17,35% em relação ao mesmo período da safra anterior, o maior registrado até então para este período, conforme o IMEA.

Entre os principais destinos da pluma de Mato Grosso estão o Vietnã, que lidera as compras com 22,02% do total, seguido pela China (18,61%) e o Paquistão (16,71%).

Rota de interesse da China

O Haid Group, considerado um dos maiores conglomerados de agroindústria da China, analisa a implantação de uma unidade de processamento de caroço de algodão, em Mato Grosso, com capacidade para 200 mil toneladas e um investimento estimado em U$$ 60 milhões.

Com o intuito de avaliar o potencial da região, representantes do grupo chinês visitaram, neste mês, alguns municípios mato-grossenses como Rondonópolis, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Sorriso. Um ponto muito considerado pelos chineses é a logística que algumas destas cidades apresentam, principalmente em decorrência da ferrovia.

Mercado spot nacional

Os preços do algodão em pluma seguem em alta no mercado spot nacional, em decorrência das valorizações externas e ainda da disposição de compradores brasileiros em pagar valores mais elevados em lotes de pluma dentro das características desejadas e/ou com qualidade superior.

Por Larissa Machado / larissamachado@sna.agr.br
Com informações do IMEA, CEPEA e Ascom Rondonópolis

 

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