Cotações do milho em Chicago subiram nesta semana

09Os principais vencimentos do milho em Chicago subiram nesta semana, com o julho/17 fechando a quinta-feira (8/6) cotado a US$ 3,85 ¾/bushel, contra US$ 3,70 ½ uma semana antes.

Também aqui o mercado segue pressionado pelo clima no Meio Oeste dos EUA. A partir de agora as lavouras de milho entram em período crítico e o clima passa a ser ainda mais relevante. A volatilidade do mercado tende a ser intensa nas próximas semanas em Chicago.

Somava-se a isso as expectativas em relação ao relatório de oferta e demanda do USDA. Para comparação, o mercado esperava os seguintes números: uma estimativa de safra estadunidense de 356.3 milhões de toneladas, contra 384.9 milhões de toneladas no ano anterior; estoques finais para 2016/17 revistos para 58 milhões de toneladas, ficando um pouco abaixo do indicado em maio; para 2017/18 os estoques finais esperados ficam em 52.6 milhões de toneladas, contra 53.6 milhões de toneladas apontados em maio.

Até o dia 04/06 o plantio do milho nos EUA atingia a 96% da área total estimada, contra uma média histórica de 97% nesta época. Já as condições das lavouras semeadas, até a mesma data, apontavam 68% entre boas a excelentes, 26% regulares e 6% entre ruins a muito ruins, fato que caracteriza uma melhora em relação ao registrado na semana anterior.

Por sua vez, a tonelada FOB na Argentina subiu para US$ 163,00, enquanto no Paraguai a mesma se manteve a US$ 110,00.

No Brasil, a média gaúcha no balcão fechou a semana a R$ 22,58/saca, sem grandes modificações em relação a semana anterior. Já os lotes ficaram em R$ 27,50/saca, enquanto nas demais praças nacionais os mesmos oscilaram entre R$ 14,50/saca em Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 28,50/saca em Videira (SC). Na região paulista da Sorocabana a oferta ficou em R$ 24,00/saca, enquanto Campinas registrou R$ 27,00/saca no CIF do mercado disponível. Para agosto/setembro o porto de Santos teria registrado negócios com milho safrinha entre R$ 29,50 e R$ 30,00/saca. No Paraná, há indicação de oferta na ferrovia, para a safrinha, entre R$ 26,00 e R$ 26,50/saca, enquanto no porto de Paranaguá indicação de negócios para a safrinha entre R$ 29,80 e R$ 30,00/saca para agosto (cf. Safras & Mercado).

Por enquanto, os compradores de milho no Brasil continuam sem fazer estoques de longo prazo, esperando a entrada da safrinha e preços ainda menores.

Segundo Safras & Mercado, a região Centro-Sul brasileiro deverá produzir uma safrinha de 66.6 milhões de toneladas, ou seja, 49,1% acima do obtido no ano anterior. Diante de tal quadro, e com a manutenção das dificuldades na exportação, é grande a probabilidade de o milho registrar preços ainda mais baixos no segundo semestre. Em não havendo problema climático neste final de safrinha nacional e igualmente nos EUA, apenas uma desvalorização do real, maior do que a que já ocorreu, poderia reverter essa tendência baixista dos preços do cereal. Acontece que o Banco Central brasileiro, a julgar pelas suas intervenções no mercado cambial, estabeleceu como meta segurar o dólar entre R$ 3,25 e R$ 3,30, preço ainda insuficiente para tornar o milho brasileiro competitivo no mercado externo.

Dito isso, para este final de semana novamente surge a preocupação da chegada de uma massa de ar polar, com previsão de geadas importantes no sul brasileiro, fato que poderá atingir parte das lavouras paranaenses do milho safrinha. Lembramos que a frente fria anterior acabou não resultando em geadas no final de maio.

Enfim, a Conab realizou mais três leilões de milho no dia 08/06. As operações PEP, PEPRO e Contratos de Opção de Venda oferecendo de 330.00 toneladas, 800.000 toneladas e 7.400 contratos de 27 toneladas respectivamente.

 

Fonte: Ceema / Unijui

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