O desempenho na contratação de crédito agrícola nos primeiros 30 dias do Plano Safra ficou acima das expectativas, totalizando R$ 24.15 bilhões, informou o Ministério da Agricultura. Segundo a Pasta, o agronegócio demonstra um descolamento da crise econômica decorrente da pandemia do Coronavírus.
O governo afirmou que todas as modalidades de financiamento registram aumento no período, mas destacou um avanço de 110% no crédito para investimento, que somou R$ 5.2 bilhões.
“Este valor significa que o produtor rural está acreditando no agronegócio, está investindo, por exemplo, em armazenagem, em correção de solo, em aquisição de maquinários e de equipamentos para melhorar a tecnologia no campo”, indicou em nota o secretário de Política Agrícola da pasta, Cesar Halum.
Ainda segundo o ministério, houve crescimento de 39% nas contratações para custeio, que atingiram R$ 15 bilhões, enquanto os financiamentos de industrialização somaram R$ 2 bilhões, com aumento de 69% na comparação anual. Além disso, foram movimentados R$ 1.8 bilhão em crédito para comercialização, com aumento de 17% no ano a ano.
Para o ministério, isso mostra que os produtores estão sendo bem remunerados e preferem vender a safra, em vez de estocá-la, já que o mercado agrícola, em geral, tem sido favorecido por firme demanda externa e pela valorização do dólar.
“Os produtores de milho, de soja, de arroz, enfim, todos estão satisfeitos com a remuneração que o mercado está dando aos seus produtos. Isso nos dá confiança de que teremos uma safra de grãos muito maior do que a deste ano, que já foi recorde”, disse Harum, sem fornecer mais detalhes.
Anunciado em meados de junho, o Plano Safra 2020/21 destina um montante recorde de R$ 236.3 bilhões em recursos para financiamento agrícola, com aumento de 6% em relação ao plano anterior.
Fonte: Reuters
Equipe SNA