Conselho Nacional do Café: balanço semanal — 21 a 25/11/2016

Abastecimento de café

Na segunda-feira (21), o conselho diretor do CNC se reuniu para dar sequência ao debate referente à questão do abastecimento de café no Brasil. Na oportunidade, o deputado federal Evair de Melo, integrante da Frente Parlamentar do Café, apresentou o resultado de um levantamento que realizou em cooperativas e armazéns das principais regiões produtoras do Espírito Santo. De acordo com ele, há café suficiente para suprir as necessidades das indústrias de solúvel e torrefação.

Na quarta-feira (23), participamos da reunião da Comissão Nacional do Café da CNA, onde este cenário também foi revelado pelo parlamentar. Frente às informações, o setor buscará um posicionamento consensual e definitivo a respeito da matéria o mais breve possível, provavelmente na próxima semana, para apresentá-lo ao governo, junto a quem pretende estudar propostas que permitam aos produtores e ao sistema industrial encontrar a melhor saída para todos.

Visita do embaixador

Na sexta-feira da semana passada (18), o presidente executivo do Conselho Nacional do Café, deputado Silas Brasileiro, recebeu a visita do embaixador do Brasil em Havana (Cuba) Cesário Melantonio Neto. Com seu dever diplomático cumprido na ilha, a partir de janeiro de 2017, Melantonio assumirá a embaixada brasileira na Grécia, fator que motivou sua visita ao CNC.

Expusemos ao diplomata que a Grécia está entre os 20 principais destinos dos cafés especiais brasileiros, por exemplo, sendo um grande cliente na aquisição do produto com valor agregado, tendo investido mais de US$ 6 milhões na compra dos grãos nacionais em 2015.

O embaixador revelou que tem interesse em expandir esses números, realizando ações para ampliar o consumo do café nacional na região e abastecer as instituições brasileiras com informações que possibilitem um maior avanço naquela localidade europeia.

Mercado

Nesta semana mais curta, devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, os futuros do café acumularam queda. A valorização da moeda norte-americana, as chuvas que beneficiaram as regiões cafeeiras brasileiras e a redução das posições compradas dos fundos favoreceram essa tendência.

No Brasil, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,3939, em alta de 0,2% em relação ao fechamento da semana anterior. As expectativas quanto ao aumento da taxa de juros dos EUA, frente à divulgação de estatísticas que mostram o aquecimento da economia, estimulam o fortalecimento da divisa americana ante outras moedas.

O vencimento de março do Contrato C foi cotado, na quarta-feira, a US$ 1,577 a libra-peso na ICE Futures US, apresentando queda de 440 pontos na comparação com o fechamento da semana antecedente. O vencimento de janeiro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem cotado a US$ 2.022 a tonelada, em baixa de US$ 130 em relação à última sexta-feira. Noticias de que maiores volumes do que os anteriormente previstos de café serão colhidos no Vietnã estimularam a queda.

Apesar da situação da oferta apertada de robusta no mercado doméstico, os preços seguiram a tendência internacional. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 552,63/saca e a R$ 469,90/saca, respectivamente, em queda de 2,6% e 13% em relação ao fechamento da semana anterior.

 

Fonte: CNC

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