A estimativa da safra 2019/20 de grãos aponta uma produção de 248 milhões de toneladas, com aumento de 2,50% ou 6.1 milhões de toneladas em relação a 2018/19. Os números registram novo recorde da série histórica e foram divulgados, nesta quarta-feira (8), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu quarto levantamento.
A expectativa para a área semeada é que sejam cultivados 64.2 milhões de hectares ou o equivalente a uma variação positiva de 1,50% em comparação à da safra anterior. As condições climáticas, que apresentaram certa instabilidade no início do plantio de verão na maioria das regiões produtoras, tomaram agora um novo ritmo de normalização. A perspectiva é que os níveis de produtividade apresentem bom desempenho nessa etapa.
A cultura da soja, que vem mantendo a tendência de crescimento na área, nesta temporada também deve crescer a produção em 2,60% em relação ao ciclo passado, chegando a 122.2 milhões de toneladas.
Quanto ao milho primeira safra, a previsão é de aumento em 1,10% na área semeada, totalizando 4.15 milhões de hectares e uma produção de 26.6 milhões de toneladas, com ganho de 3,80% em relação a de 2018/19. A favor desse desempenho, há fatores como o aumento nas exportações brasileiras do cereal e no mercado interno, derivados da demanda por confinamento e produção de etanol, mesmo a despeito da concorrência com a soja. No Rio Grande do Sul, lavouras de milho semeadas em setembro sofreram deficiência hídrica e indicam perdas do potencial produtivo, mas seguem dentro das estimativas iniciais da Conab.
O algodão, apesar da tendência de crescimentos significativos de área nas duas últimas safras, apresentou uma variação positiva menor de 2,70%, atingindo 1.6 milhão de hectares. Já a produção do caroço deve chegar a 4.1 milhões de toneladas e a da pluma em 2.8 milhões de toneladas.
Os números do feijão primeira safra mostram uma redução de 1,90% na área em comparação com a temporada passada. A cultura também perde espaço para a soja e o milho que apresentam melhor rentabilidade. Também o trigo cuja safra está finalizada, deve alcançar 5.15 milhões de toneladas e redução de 5% em relação a 2018. O arroz é outro que sofre esta concorrência, com tendência para uma redução de 0,70% na área e produção de 10.5 milhões de toneladas.
Conab