A safra brasileira de grãos 2019/20 deve registrar um recorde de 257.8 milhões de toneladas, representando um aumento de 4,50% ou 11 milhões de toneladas, em comparação com o período anterior 2018/19 (246.8 milhões de toneladas).
Os números fazem parte do 12º e último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra 2019/20. Segundo comunicado da estatal, o recorde se deve ao aumento de 4,20% na área plantada, aliado ao ganho de 0,30% na produtividade.
No entanto, ainda restam os resultados das culturas de inverno (principalmente a do trigo), que passam por etapas que vão da fase vegetativa à finalização de colheita. Também devem ser incluídas nesta consolidação as culturas da região de Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), destaca a Conab.
A soja, principal cultura agrícola do País, deve alcançar recorde de 124.8 milhões de toneladas, posicionando o Brasil como maior produtor mundial, à frente dos Estados Unidos. A oleaginosa apresenta ganho de 4,30% em relação à safra anterior.
Também o milho total caminha para situação semelhante, atingindo cerca de 102 milhões de toneladas, dependendo ainda das lavouras cultivadas na região de Sealba, além de Pernambuco e Roraima. “A participação desses estados é de algo próximo a 1,70% no consolidado nacional. A primeira safra já foi colhida e a segunda está em finalização”, indica a Conab.
Algodão e arroz
Outra cultura que encerra a safra 2019/20 com destaque é o algodão em pluma, que está para alcançar a marca recorde de 2.93 milhões de toneladas, com aumento de 4,20% acima do período anterior. “O dado positivo se deve aos investimentos feitos nessas lavouras e ao clima”, além de cotações favoráveis, informa a Companhia.
Para o arroz, fica o registro produtivo de 11.2 milhões de toneladas e crescimento de 6,70% em relação à última safra. Com a colheita praticamente finalizada, 10.3 milhões de toneladas estão em áreas de cultivo irrigado e cerca de 900.000 toneladas em plantio de sequeiro.
Com referência à oferta e demanda de arroz, salienta a estatal, mesmo com a provável intensificação das importações nos próximos meses, a balança comercial deve ser superavitária, em torno de 400.000 toneladas. Para o consumo, a Conab estima um crescimento de 5,10%, puxado pelas refeições mais frequentes dentro de casa neste período de pandemia.
Ainda para a safra 2019/20, de março de 2020 até fevereiro de 2021, a Companhia prevê exportação de 1.5 milhão de toneladas e importação de 1.1 milhão de toneladas, com a perspectiva forte de demanda internacional e preços nacionais competitivos no mercado externo.
Feijão e culturas de inverno
No caso do feijão, a estimativa de produção total é de 3.23 milhões de toneladas, principalmente do feijão comum cores, com aumento de 6,40% ao obtido em 2018/19. A primeira e a segunda safras já estão encerradas. O Brasil produz três safras por ano da leguminosa.
As culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada trigo e triticale) devem alcançar crescimento de 11,60% na área de cultivo, com destaque para o trigo, que apresenta expansão de 14,10%, situando-se em 2.33 milhões de hectares e, produção, dependendo do comportamento climático, de 6.8 milhões de toneladas, com aumento de 32%.
Fonte: Broadcast Agro