Impulsionada pela recuperação do milho e por investimentos dos produtores em suas lavouras, diante de preços elevados, a produção brasileira de grãos deverá reencontrar o caminho do crescimento e bater novos recordes históricos na safra 2021/22, cujo período de plantio está em sua fase inicial.
Segundo estimativas publicadas nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita deverá totalizar, no cenário médio estimado, o recorde de 289.6 milhões de toneladas, 14% mais que no ciclo 2020/21, que deverá fechar com leve queda em relação a 2019/20. Na pior das hipóteses, estimou a estatal, serão 269.6 milhões de toneladas; na melhor, 301.8 milhões de toneladas.
Esses números são resultado de aumentos previstos tanto para a área plantada quando para a produtividade das plantações. No cenário médio, segundo a Conab, a área deverá aumentar 4%, para 71.4 milhões de hectares, e o rendimento médio, prejudicado por adversidades climáticas em 2020/21, tende a crescer 10%, para 4.058 quilos por hectare.
Soja
Para a soja, carro-chefe do agronegócio nacional, a Conab estima uma colheita recorde de 141.3 milhões de toneladas (De 133.8 milhões a 147 milhões de toneladas), 3,90% superior à do ciclo passado. A área deverá aumentar 3,60%, para 39.9 milhões de hectares (De 37.9 milhões a 41.5 milhões de hectares), e a produtividade tende a ser 0,30% maior.
Milho
No caso do milho, o grão mais prejudicado pelas condições climáticas na temporada passada, a estatal prevê uma produção total de 116 milhões de toneladas (de 106.5 milhões a 118.3 milhões de toneladas), um novo recorde que vai refletir aumentos de 3,90% da área, para 20.6 milhões de hectares (de 18.9 milhões a 21 milhões de toneladas), e de 28,80% da produtividade.
Nessa frente, o destaque é a esperada recuperação da safrinha, que em 2021/22 deverá aumentar 44,70%, para 87.3 milhões de toneladas.
Arroz, feijão e algodão
Para o arroz, a Conab estima uma colheita total, no cenário médio, de 11.8 milhões de toneladas (de 11.6 milhões a 11.9 milhões de toneladas), 0,40% acima do volume de 2020/21.
Para o feijão, a estimativa é de uma produção de 3.2 milhões de toneladas (de 3.1 milhões a 3.4 milhões de toneladas), com aumento de 8,10%, e no caso do algodão em pluma o volume deverá chegar a 2.7 milhões de toneladas (de 2.5 milhões a 3.6 milhões de toneladas), com alta de 15,80%.
Fonte: Valor
Equipe SNA