A safra 2017/2018 de cana-de-açúcar está estimada em 646.34 milhões de toneladas, com uma queda de 1,7% quando comparada às 657.18 milhões de toneladas da última temporada. Os números são do 2º levantamento da atual safra, divulgado nesta quinta-feira (24/8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A área colhida sofre uma redução de 3,1%, passando de 9.05 milhões para 8.77 milhões de hectares. A menor disponibilidade tem relação com a desistência e devolução de áreas de fornecedores distantes das unidades de produção, principalmente aquelas em que há dificuldade de mecanização.
O recuo na produção só não é maior graças ao aumento de 1,5% na produtividade, que deve passar das 72,62 toneladas por hectare da safra anterior para 73,73 toneladas por hectare.
A prioridade continua sendo a produção de açúcar, que deve atingir a 39.39 milhões de toneladas, um aumento de 1,8% em relação à anterior de 38.69 milhões de toneladas. Com esta tendência, a produção de etanol vai registrar uma redução de 6,1%, passando de 27.81 para 26.12 milhões de toneladas.
Mas a queda ocorre apenas no etanol hidratado, aquele que vai direto para as bombas de combustível. O anidro tem mercado garantido na mistura com a gasolina e não apresenta variações na produção. Enquanto o hidratado deve registrar redução de 10,2% e cair de 16.73 para 15.02 bilhões de litros, o anidro deve aumentar de 11.07 para 11.09 bilhões de litros, mais 0,2%.
Neste levantamento, a Conab divulga também o percentual de colheita mecanizada no País. A estimativa para esta safra é de que 90,2% da área de colheita adote a tecnologia. Na região Centro-Sul, o percentual é de 95,6%, enquanto que no Norte-Nordeste é de apenas 23,2%, devido à dificuldade de atuação mecânica num relevo mais acidentado.
A Conab faz quatro estimativas ao longo do ano-safra da cana-de-açúcar. Os dados deste segundo levantamento foram coletados entre os dias 30 de julho e 12 de agosto.
Fonte: Conab