Conab: preço das cinco principais hortaliças registram queda no atacado em junho

Os preços das principais hortaliças comercializadas na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) registraram queda em junho. Batata e cebola tiveram as maiores reduções, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira.

A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Em algumas das Ceasas, a queda de preço de batata e cebola ultrapassou a casa de 30%. Já a cenoura chegou a ficar 15,32% mais barata no atacado em Minas Gerais. Para o tomate, o movimento de preços não foi uniforme nas Ceasas, evoluindo de uma contração de 25,12% em Belo Horizonte até uma elevação de 21,34%, registrada em Rio Branco.

O movimento de preços da alface foi descendente em junho e, na maioria dos mercados analisados, essa tendência vem sendo registrada desde março. Segundo a Conab, “o clima frio predispõe ao preparo e consumo de alimentos quentes, o que diminui a demanda por folhosas, especialmente pela alface, consumida tradicionalmente crua”.

Cenoura e batata

Segundo os técnicos da Conab, no caso da cenoura e da batata, o declínio das cotações é um movimento verificado desde o início deste ano, mesmo que algumas altas pontuais tenham sido registradas.

Para a batata, o aumento de oferta do produto, por causa da intensificação da safra das secas e início da entrada da safra de inverno, influenciou a queda de preços verificada.

Para julho, a tendência é que esta redução continue, mas a intensidade dependerá da ocorrência de alguma chuva nas áreas produtoras, o que pode dificultar a colheita, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul do País.

Já para a cenoura, a queda nos preços se justifica pela boa performance da produção na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, em função das condições climáticas favoráveis. É preciso ressaltar que o cenário não está sendo favorável ao produtor neste ano, o que pode influenciar na área plantada para a próxima safra.

Frutas

No segmento de frutas, o estudo da Conab também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia). O destaque, segundo a estatal, foi a redução de preços da laranja, explicada pela baixa demanda, aliada à menor qualidade das frutas e ao tempo frio em diversas regiões do País.

No movimento contrário, a maçã teve alta nas suas cotações. A elevação é influenciada pelo maior controle de oferta da fruta pelos classificadores em meio ao fim da colheita da variedade Fuji.

“Nos próximos meses, os preços podem ser mantidos e terem pequenos aumentos de acordo com a capacidade dos classificadores em controlar a oferta via utilização das câmaras frias”, indicou a Conab.

No mercado de banana, em junho, o comportamento foi não uniforme tanto para os preços quanto para as quantidades comercializadas nas Ceasas estudadas. Houve elevação da oferta da banana-prata. Os preços da variedade nanica subiram na esteira da diminuição da colheita na microrregião de Registro (SP).

Ainda segundo a Conab, o mamão registrou pequenas altas de preços conjugadas com discretas quedas da comercialização na maioria dos entrepostos. Houve diminuição da oferta tanto da variedade formosa, quanto da papaia, em virtude do frio nas principais regiões produtoras, que reduz a taxa de maturação da fruta.

Quanto à melancia, foi observada queda de preços na maioria das Ceasas. “Boa oferta da fruta goiana e
tocantinense e demanda fraca, decorrente das baixas temperaturas elucidam o movimento”, explicou a Conab.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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