Conab: 6ª estimativa da safra 2023/24 de grãos indica produção de 295.59 milhões de toneladas 

Estimativa indica uma queda de 7,60% (24.2 milhões de toneladas) em relação a temporada anterior 2022/23 (319.81 milhões de toneladas) – Imagem de freepik

A produção brasileira de grãos na safra 2023/24 deverá totalizar 295.59 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 7,60% (24.2 milhões de toneladas) em relação a temporada anterior 2022/23 (319.81 milhões de toneladas). Na comparação com a pesquisa anterior, houve uma queda de 1,40%, ou 4.16 milhões de toneladas. As informações estão no 6º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje. A queda é reflexo, principalmente, da redução em torno de 7,10% na produtividade média esperada, que caiu de 4.072 quilos por hectare para 3.784 quilos por hectare, informou a estatal em comunicado.

As condições climáticas foram variáveis e desfavoráveis nas principais regiões produtoras, desde o início da presente safra (julho) até meados de dezembro passado. “Essas instabilidades climáticas provocaram perdas significativas na produtividade das culturas, sobretudo na da soja, principal produto cultivado no período”, explicaram os técnicos da Conab.

A área cultivada também deve registrar uma redução, mas em um percentual menor, em torno de 0,50%, estimada em 78.12 milhões de hectares em relação aos 78.55 milhões de hectares em 2022/23.

Com uma colheita que atingiu no início de março a 48% da área plantada, a soja pode registrar uma produção de 146.9 milhões de toneladas, queda de 5% em relação à safra anterior (154.61 milhões de toneladas). Segundo o documento, a queda se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras. No entanto, em locais em que a oleaginosa foi plantada mais tardiamente as precipitações têm favorecido o desenvolvimento das lavouras.

Com os trabalhos de colheita da soja avançando, o plantio do milho segunda safra ocorre dentro da janela nos principais estados produtores, como Mato Grosso e Paraná. Ainda assim, a área destinada para a cultura deve diminuir 8,30%, estimada em 15.76 milhões de hectares. As condições climáticas têm favorecido o plantio do cereal, com exceção de parte de Mato Grosso do Sul. A expectativa é que apenas na segunda safra sejam colhidas cerca de 87.35 milhões de toneladas do grão, queda de 14,70% em relação a 2022/23 (102.37 milhões de toneladas).

A colheita da primeira safra, quando são estimadas 23.41 milhões de toneladas (queda de 14,50% em relação a 2023, quando a safra totalizou 27.37 milhões de toneladas), já atinge 32,90% da área plantada. A produção total do cereal está estimada em 112.75 milhões de toneladas, queda de 14,50% em relação a 2022/23 (131.89 milhões de toneladas).

Para o arroz, a estimativa é de uma produção de 10.55 milhões de toneladas, aumento de 5,20% em relação à safra anterior (10.03 milhões de toneladas). Segundo a Conab, o plantio nas principais áreas produtoras no País já foi concluído, apesar das adversidades climáticas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, as chuvas excessivas e enchentes ocorridas durante o plantio inviabilizaram a operação em alguns locais.

Com relação ao feijão, a nova estimativa indica uma colheita total em torno de 3.03 milhões de toneladas em três safras. A primeira safra teve uma oferta ajustada, o que influenciou nos preços (883.500 toneladas em relação as 956.700 toneladas em 2022/23, queda de 7,70%). Diante desse cenário, a segunda safra da leguminosa registra um aumento na área plantada, o que poderá refletir em uma maior produção, que está estimada em 1.34 milhão de toneladas, aumento de 5,20% em relação ao ano passado (1.28 milhão de toneladas).

Com o plantio praticamente finalizado, o algodão tem uma área plantada de 1.93 milhão de hectares, aumento de 16,30% quando comparada com a safra anterior. Segundo a Conab, o aumento reflete o preço e as perspectivas de comercialização da fibra. O clima vem favorecendo as lavouras e a expectativa é que a produção da pluma totalize 3.56 milhões de toneladas, registrando um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme. O desempenho representa aumento de 12,20% em relação a 2023 (3.17 milhões de toneladas).

Já para o trigo, principal produto entre as culturas de inverno, a estimativa atual indica uma produção de 9.59 milhões de toneladas, aumento de 18,40% em relação a 2023 (8.10 milhões de toneladas).

Fonte: Conab
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