Complexo cavalo é tema de encontro do CNIPEA

Complexo Cavalo movimenta mais de R$ 16 bilhões anuais, empregando cerca de 640 mil pessoas. Foto: Divulgação Embrapa
Complexo Cavalo movimenta mais de R$ 16 bilhões anuais, empregando cerca de 640 mil pessoas. Foto: Divulgação Embrapa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e instituições, como a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), têm procurado soluções e alternativas para o desenvolvimento sustentável do complexo do agronegócio do cavalo. Este foi o tema do encontro promovido pelo Centro de Inovação, Pesquisa, Extensão Rural, Equídeos e Agronegócios (CNIPEA), no último dia 3 de março, na Superintendência Federal do Mapa, em São Paulo, capital.

“Um dos nossos objetivos é fazer com que a população brasileira passe a enxergar a cadeia produtiva do cavalo como uma das mais complexas do sistema de agronegócio brasileiro e que representa um PIB de R$ 16 bilhões”, explica Ubaldino Dantas Machado, presidente do CNIPEA.

O evento reuniu autoridades, criadores, pesquisadores, além de técnicos que atuam na cadeia produtiva dos equídeos (equinos, asininos e muares) e contou com as seguintes palestras: “Economia da equideocultura: realidade e desafios”, ministrada por Roberto Arruda de Souza Lima, professor doutor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo); “A situação da equinocultura no Estado de São Paulo frente à ocorrência de A. I. E. (Anemia Infecciosa Equina), com José Eduardo Alves de Lima, diretor da Defesa Agropecuária de SP; além de uma apresentação do Laboratório de Pesquisa em Alimentação e Fisiologia do Exercício de Equinos (FMVZ/USP), feita por Alexandre Augusto de Oliveira Gobesso, professor doutor da Universidade de São Paulo.

Estimativas apresentadas pelo Relatório de Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo Esalq/USP, calculadas com base em critérios conservadores, indicam que o complexo movimenta mais de R$ 16 bilhões anuais. São cerca 640 mil pessoas ocupadas em atividades ligadas ao cavalo. Considerando que cada emprego direto corresponde a quatro empregos indiretos, dá um total de 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos relacionados ao cavalo no Brasil.

Segundo Machado, uma das missões básicas do órgão é a formação de mão de obra, de pesquisadores a extensionistas, incluindo profissionais para a lida diária com os animais. “E o mais importante é que, entre os 5.561 municípios brasileiros, não há um que não tenha pelo menos exemplar de um equídeo”, observa. E continua: “Por isto, o enfoque do CNIPEA é desenvolver junto à sociedade brasileira os pontos fundamentais de uma cadeia ambientalmente correta, economicamente ativa, socialmente desejável e culturalmente procurada”.

 

“Um dos nossos objetivos é fazer com que a população brasileira passe a enxergar a cadeia produtiva do cavalo como uma das mais complexas do sistema de agronegócio brasileiro, que representa um PIB de R$ 16 bilhões”, explica Ubaldino Dantas Machado, presidente do CNIPEA. Foto: Divulgação
“Um dos nossos objetivos é fazer com que a população brasileira passe a enxergar a cadeia produtiva do cavalo como uma das mais complexas do sistema de agronegócio brasileiro, que representa um PIB de R$ 16 bilhões”, explica Ubaldino Dantas Machado, presidente do CNIPEA. Foto: Divulgação

PROJETOS

O presidente do CNIPEA destacou, durante o evento, alguns dos projetos em andamento, para ajudar na divulgação e também no crescimento sustentável do setor. “Entre os projetos propostos está o de ‘Volta ao Mundo do Cavalo’, cuja ideia é procurar conhecer os detalhes de cada País na criação de cavalos e iniciar os trabalhos com as expedições equestres no Brasil. Primeiro, é importante saber o que temos para depois conhecer o que os outros países desenvolveram nessa cadeia produtiva do agronegócio”, salienta.

Outra proposta é a realização de uma Campanha Educacional, com abrangência nacional, sobre doenças e pragas, além de ampliar para pesquisas na área de etologia e equoterapia. “É importante criarmos uma base de dados bibliográficos, procurando disponibilizar para os nossos pesquisadores, extensionistas e estudantes o maior volume de conhecimento sobre o mundo dos equídeos”, explica Machado.

Dentre os projetos também está prevista a montagem de Bancos Ativos de Germoplasma (BAG), tanto na área vegetal como animal, objetivando oferecer aos animais uma pastagem e feno de melhor qualidade.

“Pretendemos promover, cada dia mais, a cadeia produtiva dos equídeos e, para isso, o CNIPEA realizará, nos próximos anos, eventos como Congresso Brasileiro da cadeia produtiva; Feira dinâmica da equideocultura; Congresso Brasileiro de asininos e muares; além de um evento nacional e internacional sobre o uso dos equinos na medicina humana, com enfoque nos deficientes físicos e na terceira idade (equoterapia)”, informa.

 

Por equipe SNA/SP

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