As carnes de frango, bovina e suína negociadas no mercado atacadista da Grande São Paulo estão com preços mais altos neste mês, mas as duas primeiras estão subindo mais, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com isso, a competitividade da carne de frango em relação à bovina aumentou, mas em relação à suína, diminuiu.
Na parcial de junho, até quarta-feira (23/6), o frango inteiro resfriado era comercializado no atacado da Grande São Paulo a R$ 6,92/kg, em média, com alta de 3,80% sobre a de maio e de 56,40% à de junho de 2020, em termos nominais. “No geral, as vendas domésticas e externas da carne de frango estão aquecidas, movimento que tem reduzido os estoques no setor e elevado os preços”, indicou o centro de estudos.
“Quanto à carne de boi, mesmo com o consumo interno enfraquecido, e sem sinais de reação, devido ao baixo poder de compra da maior parte da população brasileira e aos altos patamares de comercialização da proteína, os preços da carcaça casada acabam sendo sustentados pela baixa oferta de animais para abate”, destacou o Cepea.
Na parcial do mês, a proteína é negociada na média de R$ 20,47 o quilo, com alta de 2,80% em relação à de maio e de 45,5% na comparação com junho/20, também em termos nominais. Com isso, informou o Cepea, “o frango inteiro é comercializado neste mês a R$ 13,55 o quilo abaixo da carne bovina, ampliando a diferença em 2,30% em relação à registrada em maio e em 40,50% em relação à obtida em junho de 2020.”
Ainda segundo o centro de estudos, para a carne suína, a elevação na média de preços neste mês é um pouco mais tímida que as elevações registradas para as outras duas proteínas concorrentes, porque as cotações diárias voltaram a ceder com o avanço da segunda quinzena do mês, quando as vendas domésticas de carne suína se enfraqueceram. Em junho, a carcaça especial suína é cotada a R$ 10,19/kg, alta de 1,90% em relação a maio e de 42,30% no ano.
“A carcaça suína é comercializada a R$ 3,27/kg acima do frango inteiro, diminuindo a diferença em 2% em relação à de maio e reduzindo, portanto, há competitividade da carne de frango nesse período. Já na comparação anual, a diferença entre as proteínas aumentou 19,40%, o que demonstra o ganho de competitividade da carne de frango num prazo mais longo.”
Fonte: Broadcast Agro
Equipe SNA