Como a Agrotools quer virar o primeiro unicórnio do agronegócio no Brasil

Na era da inteligência, quem analisa dados para o agronegócio é protagonista. Um exemplo disso é a Agrotools, empresa de tecnologia para o setor no Brasil e América Latina, que cresce em ritmo exponencial — atingindo a marca de R$ 130 milhões de receitas recorrentes em 2021 — e quer se tornar o primeiro unicórnio do agronegócio brasileiro.

Por meio de algoritmos próprios, a bigtech já ultrapassou 4,5 milhões de territórios rurais analisados na última década, o que equivale a mais de 200 milhões de hectares — ou a 200 milhões de campos de futebol. A empresa também monitora mais de R$ 100 bilhões em operações do setor, R$ 15 bilhões em commodities e 60% do abate bovino brasileiro.

Hoje, a Agrotools atende mais de 200 clientes no Brasil, e 15% das maiores empresas do país, como XP Investimentos, Cargill, Sicoob, McDonald’s, Nestlé, Itaú, Caramuru, BRF, Rabobank, Carrefour e Sicredi, utilizam pelo menos uma de suas soluções. A marca também leva suas tecnologias para os Estados Unidos, Austrália e os vizinhos Paraguai e Argentina.

Com três frentes de negócios — ESG, Mercado Financeiro do Agro e Business Intelligence — a bigtech tornou-se pioneira no mercado em 2007 e possui o maior monitoramento do mundo, do campo ao varejo, oferecendo análises que permitem a gestão de risco em toda esteira de crédito e seguro rural, a blindagem tecnológica de diversas empresas da cadeia de suprimentos nos aspectos ESG e o aporte de inteligência para as operações de venda de produtos e compra de commodities.

Ao todo, são 1,3 mil camadas de dados analisadas para diferentes elos do setor: de cooperativas, traders, resseguradoras, empresas de insumos e fundos de investimentos ao varejo alimentício.

Apoio

“Traduzimos o agronegócio para toda a indústria”, declara Sérgio Rocha, CEO da Agrotools. Com isso, a empresa auxilia instituições financeiras em concessões de crédito e de seguros, oferece precisão e assertividade ao monitoramento de riscos e é instrumento para soluções ligadas ao compliance ambiental e à rastreabilidade de cadeias de suprimentos.

“Por meio de nossa plataforma de tecnologia avançada, desenvolvida exclusivamente para o agronegócio, temos como objetivo democratizar o acesso à informação no setor, sendo um pilar de diferenciação competitiva e de compliance ESG no mercado”, afirma Rocha.

Segundo ele, ao disponibilizar poderosos insights de negócios e gestão, a plataforma permite aos agentes do mercado corporativo compreender tudo o que acontece com fornecedores e clientes espalhados pelo território rural e tomar as melhores decisões, impactando em toda a cadeia.

Em 2021, a bigtech dobrou o número de contratos ativos e aumentou em 40% o número de clientes. “Também ampliamos ainda mais nossa atuação no agro corporativo, com as mais importantes cooperativas de crédito do Brasil, fintechs, mercado de capitais, fabricantes e revendas de insumos e grandes marcas do varejo. Além de bancos, seguradoras, tradings e frigoríficos”, diz Rocha.

Projeções

No ano passado, a Agrotools lançou 53 novos produtos, entre APIs e ferramentas de análises prontas para uso, além de um novo canal de vendas marketplace, o At Market.

“Em 2022, pretendemos continuar lançando uma API — denominada de Function — por semana e uma ferramenta de análise pronta para uso — denominada de Pixel — por mês”, afirma o CEO.

A bigtech está construindo, ainda, uma experiência one-stop-shop de inteligência para empresas que se relacionam com o agro. Além disso, trouxe diversas empresas com seus produtos e ferramentas inovadoras para seu ecossistema de soluções, como Neoway, Metos, Kurier, Docket, Boa Vista, Microsoft, Brasoftware, Orbia e Planet.

Impactos

Em números, a Agrotools emprega mais de 300 pessoas, um aumento de mais de 300% em dois anos. Por conta de sua atuação no exterior, hoje, cerca de 30% do faturamento da empresa é dolarizado.

Sua plataforma, a maior base de dados sobre o campo, com relatórios auditáveis e mantidos por até cinco anos, contempla diferentes fontes, como base de dados públicos e privados, imagens de mais de cinco diferentes satélites e múltiplas clouds. Ou seja, em segundos, a Agrotools faz análises ESG, de cadeias de produção, clima, território, dentre outras.

De acordo com Rocha, são R$ 50 bilhões em operações monitoradas apenas para instituições financeiras. “Trabalhamos com mais de 15 tipos de segmentos, como cooperativa de crédito, de produção, bancos, fintechs, seguradoras, varejo, indústria de insumos de maquinários, defensivos e fertilizantes. São mais de 200 mil análises ESG feitas diariamente, com mais de 45 critérios em análises socioambientais.”

 

Fonte: Exame

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