A comercialização da safra brasileira de café de 2021/22 até o último dia 12 de abril atingia 92% da produção, contra 89% do mês anterior. O dado faz parte do levantamento mensal de Safras & Mercado.
O percentual de vendas é superior ao do mesmo período do ano passado, quando estava em torno de 90% da safra. O fluxo de vendas também está bem acima da média dos últimos anos para o período (88%).
Assim, já foram negociadas 51.76 milhões de sacas de uma produção estimada em 2021/22 pela Safras & Mercado de 56.5 milhões de sacas.
Segundo o consultor Gil Barabach, o ritmo da comercialização no mercado físico disponível de café segue arrastado. “O tombo nos preços afastou os vendedores e elevou ainda mais a distância entre as pontas. O preço dos cafés arábicas de bebida melhor caíram em média R$ 250,00 a saca do começo de fevereiro até agora”.
Barabach destacou que os produtores, bem capitalizados, seguem na defensiva, apostando no inverno brasileiro. No outro lado, o comprador mostra pouco interesse, comprando da mão para a boca.
A comercialização de arábica chega a 89% da safra 2021, em linha com abril do ano passado, mas superior à média de cinco anos para período (87%). Já as vendas de conilon atingiram 95% da safra brasileira 2021, também em linha com o mesmo período do ano passado e superior à média dos últimos cinco anos (92%).
Vendas da safra 2022/23
Já a comercialização da safra brasileira de café de 2022/23 até o último dia 12 de abril, segundo a consultoria, atingiu 29% da produção, contra 28% do mês anterior.
O percentual de vendas é inferior ao do mesmo período do ano passado, quando estava em torno de 31% da safra. O fluxo de vendas está acima da média dos últimos anos para o período (22%).
Assim, já foram negociadas 17.97 milhões de sacas de uma produção estimada em 2022/23 pela Safras & Mercado de 17.97 milhões de sacas.
Barabach disse que, depois de um início de vendas bem acelerado, o ritmo da comercialização caiu bastante, permitindo, inclusive, que o comprometimento atual caísse abaixo do mesmo período do ano passado, quando as vendas estavam em 31%.
Ainda segundo o consultor, as vendas de arábica alcançam 34% do potencial produtivo. As ideias da safra 2022 oscilaram muito ao longo do ciclo produtivo, o que dificultou a estratégia de venda antecipada. No mesmo período do ano passado, as vendas estavam em 38% e a média dos últimos três anos gira em torno de 26%.
Fonte: Safras & Mercado