Colheita de algodão na Bahia começa em junho com boas perspectivas

Segundo maior produtor de algodão, a Bahia está na reta final para a colheita de algodão na safra 2019/2020, prevista para começar a partir de junho. A perspectiva dos produtores baianos é de manter em alta sua produção na atual safra agrícola 2019/2020, que deve permanecer em torno dos 1.5 milhão de toneladas (caroço e fibra), volume alcançado, de forma histórica, na safra passada, pelos produtores baianos.

Com o plantio iniciado em dezembro de 2019, a safra ocupa uma área total de 313.566 hectares, e a estimativa é de  produtividade média de 300 arrobas por hectare. Os dados são da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que completa 20 anos de atuação em prol do desenvolvimento da cotonicultura no estado.

Apesar do momento de instabilidade, por causa da pandemia do novo Coronavírus e da queda acentuada do preço da pluma, o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato, reforça que “os produtores estão fazendo a sua parte com bastante coragem, organização, tecnologia e otimismo na condução das lavouras”.

Segundo ele, “este ritmo de crescimento na produtividade deve se manter, principalmente por conta do pacote tecnológico em sementes, adubos e defensivos modernos utilizados, da prevenção e combate a pragas como o bicudo do algodoeiro, além da modernização no processo de produção e capacitação das pessoas que conduzem as lavouras e o beneficiamento da cultura”.

Diante das adversidades, Busato acredita que os produtores devem reduzir sua área de plantio para a próxima safra entre 10% a 20%, mas irão manter os empregos no campo. “Os cotonicultores deverão continuar investindo na cultura, até mesmo para não perder a estrutura já instalada, a exemplo das equipes de trabalho já qualificadas e formadas ao longo do tempo e do espaço conquistado junto ao mercado consumidor”.

A Bahia tem participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo. Ainda segundo o presidente da Abapa, o estado conta com uma estrutura técnica desenvolvida para o algodão, somada às condições naturais da região oeste, como solos planos e férteis.

Além do uso da tecnologia agrícola, por meio de fertilizações e incremento da matéria orgânica, fatores como  estações de chuvas regulares e bem definidas e disponibilidade de água para irrigação garantem um ambiente propício para a cultura.

“Estas condições reunidas fazem com que o algodão baiano seja um dos melhores do mundo. Este é o momento em que os agricultores devem estar unidos em torno das associações para que possamos manter nosso negócio nesta safra e para voltar a investir, crescer e obter maior rentabilidade mais à frente, quando toda esta crise passar”, conclui Busato.

 

Agrolink

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