CNA inicia mapeamento de startups do agronegócio

O coordenador técnico do Instituto CNA, Carlos Frederico Dias, ressaltou que o objetivo é “identificar a estrutura das startups no País para fomentar o desenvolvimento de tecnologia em cada região onde há ecossistemas favoráveis”. Foto: Tony Oliveira/CNA

O Sistema CNA/Senar/Instituto CNA realizou durante dois dias um evento preparatório para as equipes que vão mapear, a partir dessa semana, as startups voltadas para o agro existentes em todo o País.

O primeiro passo foi nivelar a equipe técnica das Administrações Regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e das Federações de Agricultura e Pecuária da Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rondônia.

Os representantes desses cinco estados, onde serão feitos os primeiros levantamentos, conheceram a metodologia de trabalho em workshop realizado na sede do Sistema da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

“Estamos começando o mapeamento do ecossistema de inovação das startups e o workshop serviu para nivelar as equipes e para que elas entendam como funciona a metodologia e como será o trabalho realizado em cada estado”, explicou Paulo Araújo, coordenador de Inovação da Diretoria de Conhecimento e Inovação do Senar.

Cada estado representa uma região do Brasil. A intenção é conhecer o grau de maturidade das agtechs e, posteriormente, ampliar para o resto do País, trazendo a metodologia de mapeamento para o Instituto CNA (ICNA).

“Queremos identificar a estrutura das startups no País para fomentar o desenvolvimento de tecnologia em cada região onde há ecossistemas favoráveis”, ressaltou o coordenador técnico do ICNA, Carlos Frederico Dias.

A programação do workshop englobou temas como fundamentos e estrutura de ecossistemas e mapeamento, análise das agtechs brasileiras, pensamento ecossistêmico, cultura, financiamento, parcerias, metas, identificação de riscos, papéis, responsabilidades e prioridades para o desenvolvimento.

Segundo o vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Guilherme Moura, o estado já deu o primeiro passo promovendo um Hackathon em Juazeiro, mas a intenção é aprofundar o mapeamento.

“Nosso objetivo agora é fazer um diagnóstico exato do ecossistema no estado e a partir daí definir uma estratégia assertiva para o desenvolvimento de startups. Entendemos que o fomento de startups e a transformação digital são a próxima revolução do segmento agropecuário”, afirmou Moura.

“Estamos começando. Ainda não existe nenhuma startup em Rondônia, mas o conhecimento adquirido no workshop é importante para somar os demais projetos que existem no estado como a Assistência Técnica e Gerencial”, disse o supervisor de campo do Senar Rondônia, Kennio Freire Pessoa.

O evento da CNA também contou com a participação das unidades estaduais do Sebrae. Débora Chagas, coordenadora de TI e Startups do Sebrae Rio Grande do Sul, afirmou que o estado já possui em torno de 20 startups voltadas para o setor agropecuário devido, principalmente, à demanda do produtor rural.

“O mapeamento vai nos ajudar a posicionar o estado como forte e colocar mais ação em cima disso porque trabalhamos algumas startups, mas não o ecossistema como um todo”, observou a coordenadora.

O workshop foi ministrado pelos consultores Valto Loikkanen e Óscar Ramírez, da Startup Commons, especializada em treinamentos de inovação e consultoria de desenvolvimento de ecossistema. A empresa é sediada na Finlândia e tem escritórios nos Estados Unidos, Hong Kong e Estônia.

“Estamos discutindo ideias para esse projeto com o Sistema CNA/Senar/ICNA para mapear o sistema de inovação de agtechs no Brasil e este é o ponto de partida para entender o que acontece em diferentes níveis no País, descobrir o que atende o setor e então planejar o que pode ser feito”, destacou Óscar Ramíres, CEO da Startup Commons.

 

CNA

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