CNA discute perspectivas do agro brasileiro e comércio com países islâmicos


A superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, participou, na noite desta terça-feira, de um debate virtual sobre as perspectivas do agronegócio brasileiro e o comércio com os países islâmicos.

O evento foi promovido pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e contou com a participação do vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), Ali Zoghbi, e a moderação dos estudantes Franciele Kroessin e Henrique Peglow, do Programa de Educação Tutorial da Engenharia Agrícola da universidade.

Comércio internacional

Lígia falou sobre a atuação da CNA na área internacional, que contempla duas frentes. A primeira é a promoção comercial, em que a CNA busca, por meio de projetos como o Agro BR, desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil, inserir pequenos e médios produtores no comércio internacional, além de diversificar a pauta de exportações e ampliar os mercados consumidores dos produtos brasileiros.

“Nossas exportações são concentradas em produtos que fizeram um bom trabalho de desenvolvimento da cadeia produtiva. Mas queremos ampliar a competitividade para outros setores”, disse a superintendente.

Outro foco da CNA são os acordos comerciais, dando suporte ao governo brasileiro nas negociações para acessar outros países com menores tarifas e vantagens competitivas.

“Acordos comerciais são importantes para o país ganhar competitividade. Fechamos um acordo com a União Europeia e o governo brasileiro tem negociado acordos com outros importantes mercados, como o Canadá e a Coreia do Sul”, disse Lígia.

Ela ressaltou que apesar de o Brasil ser o terceiro maior fornecedor mundial de alimentos, sua participação no comércio mundial ainda é pequena, com apenas 7,20%. “Exportamos metade do que exporta a União Europeia (UE). É pouco perto da nossa capacidade”. Lígia falou também sobre a resiliência do setor durante a pandemia para garantir a oferta de alimentos no mercado interno e manter o ritmo das exportações.

Certificado Halal

Ainda durante o evento, a superintendente da CNA destacou o potencial dos países islâmicos, destino de 17% dos embarques totais de produtos do agro brasileiro. Ela ressaltou que o certificado Halal, que serve para os países árabes atestarem a qualidade dos produtos brasileiros que cumprem as exigências dos países islâmicos, “é uma forma de agregação de valor, fator que o Brasil precisa buscar para seus produtos para ser mais competitivo”.

Os itens mais exportados para os países islâmicos em 2019 foram: açúcar em bruto, com parcela de mercado de 19,70% nas exportações brasileiras, seguido por milho (15,40%), carne de frango (15,40%), soja em grãos (9,70%) e carne bovina in natura (9,20%).

Já o vice-presidente da Fambras, Ali Zoghbi, falou sobre a atuação da entidade e sobre as exigências dos países islâmicos para obtenção do certificado Halal, além das relações com o Brasil, que na sua avaliação tem sido um importante fornecedor para o mundo árabe, principalmente de proteínas animais. Zoghbi ressaltou também o potencial de outros produtos brasileiros, como frutas, caprinos e peixes para entrar no mercado islâmico.

Acesse aqui o evento na íntegra.

 

Fonte: CNA

Equipe SNA

 

 

 

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CNA

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