A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, nesta quarta-feira, a live “COP-26: resultados e expectativas”.
O encontro foi moderado pelo coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, e contou com a participação do presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente e chefe da delegação da CNA na COP-26, Muni Lourenço; do presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, e do sócio-diretor da Agroicone, Rodrigo Lima.
Na opinião de Muni, a presença do Sistema CNA/Senar na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26) serviu como uma “grande vitrine” para mostrar o esforço que a agropecuária brasileira vem fazendo para conciliar a produção de alimentos com a sustentabilidade ambiental.
Entre os principais avanços, Muni citou a definição do Fundo de Adaptação previsto no artigo 6.4 (mercado voluntário de carbono) do Acordo de Paris, a declaração de proteção às florestas e o compromisso global do metano, que prevê a redução de 30% até 2030, além da sinalização da redução do uso de combustíveis fósseis que contribuem para o aquecimento global.
Avanços e desafios
“A COP-26 teve um saldo positivo e avanços importantes, mas saímos frustrados com a questão de financiamentos para projetos de enfrentamento das mudanças climáticas. Internamente também temos alguns deveres de casa, como o aprimoramento de políticas públicas, o combate ao desmatamento ilegal e a regularização fundiária”, disse o presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente da CNA.
Ananias destacou a relevância do setor estar presente nas discussões e negociações relacionadas às metas do Acordo de Paris. Segundo ele, o agro brasileiro conseguiu se colocar como parte da solução para a redução das emissões de gases de efeito estufa e diminuição da temperatura média da Terra até 2100.
“O Brasil vem investindo fortemente em uma produção cada vez mais sustentável. Levamos a agricultura brasileira para o mundo e mostramos um setor que não está prometendo, mas que já faz e fará muito mais nos próximos anos”, afirmou o coordenador de Sustentabilidade da CNA.
Práticas sustentáveis
O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA ressaltou o protagonismo brasileiro nessa edição da COP e falou sobre práticas sustentáveis aplicadas no País, como os sistemas integrados de produção.
Ricardo Arioli também reforçou a necessidade de um esforço concentrado para combater o desmatamento ilegal no Brasil, o que ele considera o “calcanhar de Aquiles” do setor perante o mercado internacional.
Na visão do sócio-diretor da Agroicone, a inovação é a principal ferramenta para o desenvolvimento da atividade produtiva e o enfrentamento dos desafios climáticos.
Já Rodrigo Lima ressaltou as oportunidades proporcionadas pelo Plano ABC+ e cobrou recursos para a definição de uma agenda de implementação efetiva do Código Florestal Brasileiro.
Fonte: CNA
Equipe SNA