A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, nesta terça-feira, dia 10, uma live sobre o tema “Interface do Plano Nacional de Recursos Hídricos e o Setor Agropecuário”.
O encontro foi moderado pela assessora técnica da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, Jordana Girardello, e contou com a participação da coordenadora geral de Planejamento e Políticas de Recursos Hídricos do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Adriana Lustosa, e da presidente da Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Priscila Sleutjes.
Segundo dados do Atlas da Irrigação, publicado pela Agência Nacional de Águas (Ana) e atualizado em 2021, o Brasil possui 8.2 milhões de hectares irrigados com projeção de crescimento de 250 mil hectares ao ano até 2040.
Na opinião de Jordana Girardello, para que esse potencial seja alcançado, é preciso que a expansão da irrigação esteja contemplada no Plano Nacional dos Recursos Hídricos, a fim de que as políticas públicas estruturantes – principalmente logística de escoamento e energia – estejam voltadas para esse crescimento.
“É por meio do Plano que conseguiremos planejar a manutenção e a expansão das áreas irrigadas de forma consciente, ordenada e consistente, evitando conflitos com base na articulação entre os diversos setores e na construção de soluções que garantam os usos múltiplos da água”, afirmou a assessora técnica da CNA.
Contexto
A coordenadora geral de Planejamento e Políticas de Recursos Hídricos do MDR falou sobre o processo de elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos, seus resultados e a relação com o setor agropecuário e de irrigação.
Adriana também abordou os instrumentos de gestão previstos na Lei 9.433/1997, a divisão de atribuições entre as diferentes hierarquias dos Planos de Recursos Hídricos, além de competências e etapas do processo participativo.
Ferramentas
A presidente da Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação do Mapa explicou como a Política Nacional e o Plano Nacional de Recursos Hídricos são importantes ferramentas de planejamento e crescimento para a agropecuária brasileira.
Priscila Sleutjes destacou ainda a importância da interlocução e do engajamento do setor dentro dos comitês de bacias hidrográficas.
“Os comitês são a primeira instância para o produtor rural contribuir nas tomadas de decisão sobre o uso da água, que vão impactar de forma direta o dia a dia dentro da porteira. É a melhor forma de participar da Política Nacional de Recursos Hídricos no Brasil”, disse.
Fonte: CNA
Equipe SNA