A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça-feira (5/5), de um debate ao vivo sobre o tema “Segurança Alimentar e Agronegócios: Cenário Atual e Pós Covid-19”.
O evento abordou os impactos do Coronavírus no agronegócio, seus reflexos na cadeia produtiva e o papel do Brasil no cenário atual e após a pandemia. A superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, e o presidente da Croplife Brasil, Christian Lohbauer, foram os debatedores.
Na opinião de Lígia Dutra, o cenário internacional é desafiador, principalmente porque a pandemia poderá trazer uma tendência protecionista para os países.
Apesar disso, ela acredita que o agro brasileiro tem condições de criar oportunidades, mas precisa diversificar sua pauta de exportações e continuar investindo em aspectos como controle sanitário, rastreabilidade e novas plataformas de comercialização, como o e-commerce.
“A pandemia veio para acelerar novas tendências. Apesar das dificuldades que existem, podemos achar soluções, principalmente se enxergarmos um momento de mudança para tomarmos novas atitudes. Também é uma oportunidade que o nosso setor tem para se reposicionar”, afirmou Lígia.
Entre as apostas da superintendente de Relações Internacionais da Confederação está o crescimento das exportações para a Ásia. Ela também acredita que o Brasil poderá incluir em breve o peixe na lista de produtos de proteína animal vendidos para o exterior.
Segundo Lígia, a cadeia tem potencial e vem investindo em qualificação para exportar. Prova disso é que a China habilitou 11 frigoríficos do produto brasileiro.
Monitoramento
A CNA vem monitorando o mercado internacional e, até o momento, o quadro é de continuidade dos negócios.
“Tivemos queda em alguns produtos, como celulose para a União Europeia. No entanto, as vendas de carnes bovina, suína e de frango, assim como a soja e o algodão, tiveram aumento”, disse a superintendente.
Lígia ressaltou que as cadeias produtivas com maior valor agregado, como a fruticultura, precisam de atenção maior nesse momento para não perder mercado e manter os empregos no campo, já que a atividade envolve uma grande quantidade de trabalhadores.
Fonte: CNA